sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A geração da internet está matando a música?

Imagine-se na idade média, sem energia elétrica. O que dirá computadores, televisão ou mesmo rádio.

Como poderíamos ouvir música?

Pensou?

Me vem na cabeça apenas duas formas: Ou alguém cantarolando enquanto faz seus afazeres domésticos, trabalhando ou fazendo sabe-se lá o que, ou ir de encontro a música ao vivo. Isso se daria por grupos populares ou nas igrejas. Algum tempo depois com o surgimento das orquestras, era comum as pessoas viajarem para ver seus concertos (ok, isso acontece com a sua super banda favorita).

Com o surgimento da energia elétrica, não sem tem muita diferença inicialmente. Alguma mudança só ocorre quando os meios de propagação da música toma novos ares. Imagine o quão revolucionário foi o surgimentos das transmissões por rádio. Agora era possível ouvir um som sem estar presente na execução. 

Isso pode parecer irrelevante para a geração da internet, mas não vamos tão longe. Se você tem uns 40 anos, sabe que ia-se com maior frequência em busca da música e praticamente parava-se tudo para ouvir o disco novo conseguido.

As coisas foram mudando de tal forma que hoje você tem acesso a qualquer música no seu bolso e a nova geração cresceu tendo a música como pano de fundo para o que estejam fazendo. 

Nunca é tão simples assim. Nunca um único motivo. Temos também o padrão de música comercial de 3 minutos que só da tempo para explorar um estrofe e refrão básico. Se vasculharmos, vai ter mais detalhes, mas enquanto eu juntava o meu dinheiro para comprar os discos que queria ouvir, vejo uma geração nascer que acha um absurdo se pagar por música. Nunca pagaram... por qual razão deveria pagar?

A priore, isso ferra a maioria dos músicos que não estão no mainstream e é só aí onde o dinheiro realmente pode sustentar um artista.

A facilidade de se obter música hoje em dia criou uma geração que não presta atenção na música. Ela só precisa estar presente, afinal o silêncio lhes parecem ensurdecedor.

Acha que estou exagerando?

Pois bem... anos atrás as pessoas queriam tocar guitarra para ser um novo Hendrix, Van Halen, Page, Slash... hoje quando eu pergunto para os alunos que guitarristas eles gostam, não sabem dizer. Uma banda? Não sabem... querem aprender por jogarem Guitar Hero e não, não estou inventando e nem me contaram. Já me aconteceu por duas vezes...

Daí juntamos esses fatores com as baladas de pessoas gerenciadas por pessoas por volta de seus 40 anos e que não possuem tempo (ou preguiça mesmo) para pesquisar música nova e o que tenho visto é só velharia rolando. O cara fala que gosta de rock, mas só "classic rock". Nada de novo aparece ou acontece. Nada com menos de 25 anos

Quando surge algo novo então, tem aquele ar "vintage". Ou seja, a busca por algo que lhe remete ao mesmo...

Não sei vocês, mas eu gosto de respirar coisas novas. Gosto da sensação de uma nova canção me trazer prazer. Me arrebatar. 

Vou além. Gosto da música que me tira da zona de conforto e não vou longe. Ainda no começo dos anos 2000, rolava músicas como essa da Bjork na MTV e lembro que você podia não gostar (e tinha muita gente que não gostava), mas ela definitivamente te tira da zona de conforto e hoje infelizmente a absurda maioria das músicas já são pensadas para entrar dentro de uma determinada caixinha...

Voltarei a falar disso...

Até mesmo por estar na próxima segunda novamente no X Factor Brasil que me parece que quer premiar a melhor cópia de alguém...

Vocês vão poder acompanhar um pouco em tempo real através das seguintes plataformas:


Por hora, Fiquem com a sempre desconcertante Bjork:




quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Dr. Estranho



Stephen Strange é o melhor neurocirurgião que se tem conhecimento, mas arrogante não aceitando qualquer trabalho para não sujar seu invejado currículo. Porém o destino lhe trai a sorte quando um grave acidente tira sua capacidade de trabalhar com as mãos. Inconformado, ele busca de todas as maneiras uma forma de reaver a plena recuperação de movimento de suas mãos e vai parar em Kamar-Taj para o que lhe parece uma busca espiritual e descobre em seguida que existe muito mais do que se supunha no mundo. Mesmo o mundo que ele conhece vai depender de suas novas habilidades adquiridas para seguir em frente.

A parceria Marvel/Disney conseguiu trazer um enredo onde heróis e vilões podem alterar o munto ou mesmo o tempo a sua volta sem cair no clichê de quem de fato sejam os heróis ou vilões.

Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) acaba tornando-se o Dr. Estranho e sua atuação é de perfeito encaixe aos que conheciam a história original dos HQ's da Marvel. Aliás os acertos não param por aí. A trilha sonora, sonoplastia, fotografia, figurino casam esteticamente de forma esplendorosa e os efeitos especiais merecem inclusive aquela conferida em salas 3D IMAX.

O longa tem pouco mais de duas horas de duração, mas é daqueles filmes em que você não sente o tempo passar graças a direção de Scott Derrickson (O exorcismo de Emily Rose) que consegue deixar o medo dos filmes de terror para trás com sua condução de imagens de tirar o fôlego com o mundo sendo destruído, ou planos metafísicos, ou por momentos  mais leves com pitadas de humor inteligente e atualizada com o tempo presente com direito a senha de Wi-Fi em Kamar-Taj. Mas não para por aí cabendo inclusive muitas frases com teor filosófico que vai fazer você pensar sobre o meio de vida que levamos.

E se você é daqueles telespectadores apressadinhos que saem correndo do cinema para postar sobre o filme nas redes sociais, muita calma. Sabe as famosas cenas pós créditos de alguns filmes? Pois bem, ele possui simplesmente duas cenas pós créditos. A maior piada do filme por sinal talvez esteja em uma dessas cenas, enquanto que na outra, fica uma dica no ar do que veremos.

Agora para encerrar sem dar spoiler sobre o filme, não me sentia tão empolgado ao sair do cinema com um filme desde Matrix.

Tá esperando o que? Corre lá...
 





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terça-feira, 1 de novembro de 2016

Motivos para você conhecer o Guarujá




Primeiro de tudo, acordar para ver o sol nascer é absolutamente benéfico e isso ao som do mar é ainda mais revigorante. Quando foi a última vez que você fez isso? Ou melhor, quando fui a última vez que você experimentou fazer uma coisa pela primeira vez em sua vida? Creio que isso seria motivo suficiente e foi assim que Guarujá dava o seu bom dia.


Pitangueiras vai ser a maioria das opções de alguém que conhece a cidade, mas a praia do Perequê é aquela típica praia de pescadores. Sem glamour aparente, mas com algumas embarcações atracadas na areia e você que gosta de fotos, vai ter algumas boas opções. O comércio local no entanto é bem simples. Para comer, eu procuraria outras opções.





Já no Mar do Casado, encontramos uma pequena ilhota bem próxima a margem na qual é completamente possível chegar caminhando com a maré baixa e a areia se estende por onde vemos o mar na foto a seguir. Com a maré extremamente revolta esse fim de semana, me dei por contente com a foto de um corredor entre a margem e a ilha...



Cada viagem é uma experiência única e essa em especial me colocou em contato com o Gurgel que é um carro brasileiro do qual eu não tinha contato por muito tempo. Bastante comuns em cidades praieiras. Talvez exatamente por isso, encontrei esse exemplar. Não sou nem um pouco fã de carros, mas esse ao menos foge dos padrões de carros de hoje.





No dia posterior, a primeira opção foi visitar o Forte Dos Andradas (onde é necessário agendamento via internet). Bom para quem gosta de história, arquitetura e uma programação diferente da de shopping, afinal de contas, essa deve ser a última opção para quem viaja e conhece um lugar novo, exceto saiba de uma super promoção de algo daquele lugar, ou lá tenha a comida típica do local, senão, fuja e vá ver o diferente.




O mirante da Ponta das Galhetas foi o próximo ponto. O mais simples visto até então. Não merece uma viagem apenas para o conhecer, mas estando por lá, vale a pena ver e tem quem se aventure pelas pedras na encosta do mirante.


Algumas cidades possuem pontos específicos de visitação, outras são agraciadas com uma beleza natural, o que é o caso do Guarujá com suas reentrâncias naturais causadas por sua costa que modifica a paisagem a cada momento e simples pessoas sentadas em um banquinho, podem te proporcionar uma bela vista com barcos pesqueiros ao fundo. A foto a seguir foi feita na praia das Astúrias onde pescadores disseram que em determinados dias é possível ver tartarugas no local. Já no Morro do Maluf era possível ver tanto tartarugas quanto arraias. Vale a observação que para se ver os animais, você precisa de antes de tudo ter sorte.



Partimos para o Morro do Maluf optando por caminhar na orla. Como de costume, o comércio local explora o potencial turístico, seja pela feira de artesanato no calçadão de Pitangueiras...


... ou no comércio mais tradicional...



Enfim chegamos ao Morro do Maluf que tem sim uma vista muito bonita e é um dos pontos mais visitados da cidade, mas ele fica do lado do Mirante do Morro da Campina muito mais alto e obviamente a vista deveria ser mais ampla, sem contar que era possível ver praticantes de rapel. Algum tempo depois estava lá em uma subida por uma rua bem íngreme que pode tirar o fôlego dos menos preparados fisicamente.

 Praticante de rapel

De cima a orla por onde corri ao final do dia para desestressar.

Guarujá certamente é dessas cidades em que você não consegue aproveitar de todas as opções em uma única visita. Faltam aqui obviamente outros locais interessantes como o Morro da Caixa d'água visitada em uma outra oportunidade que tem uma vista espetacular. 

Na dúvida de onde ir nas próximas férias? Pesquise sobre o Guarujá...


P.S.:Me siga e acompanhe um pouco mais de meus registros fotográficos aqui.