Poderia muito bem ser a pergunta feita pela improvável dupla Lou Reed e Metallica que não por mero acaso escolheu o dia 31 de outubro para lançar um álbum em parceria:
A imagem acima é a capa do disco intitulado Lulu que já teve a sua proibição nos metrôs de Nova York. Cá pra nós, quem ganha com a polêmica? A própria dupla que lança um disco "esquisito" para ambos. Se por um lado, Lou Reed é mestre em lançar um disco completamente diferente atrás do outro, esse soa extremamente pesado para ser de sua obra. Para o Metallica então, o trabalho parece simples com músicas longas e sem nuances para seus padrões. Vale-se ressaltar que Lou Reed é muito mais um poeta do que um músico propriamente dito e sua obra tem muita importância sobre o que ele fala.
O disco abre com Brandenburg Gate com um violão e um ar Lou Reediano. Alguns segundos depois começa todo o estranhamento como o constatado pelo guitarrista Marcelo Nunes da Comodoro. Não espere ouvir muito a voz de James Hetfield que humildemente coloca-se como membro da banda e arrisca apenas uns vocais de apoio aqui ou ali.
Definitivamente não é nem Lou Reed e nem Metallica e para os padrões atuais, as músicas são longas. Iced Honey é a menor com 4:38, tendo 3 músicas passando dos dez minutos. A mais longa fica com Junior Dad com 19:29h. Depois de se ouvir uma segunda (ou terceira, quarta...) vez, o som parece fazer sentido, mas o que interessa é que o trabalho de alguma forma é diferente.
Em tempos de internet, o disco já vazou e se você for um fã ardoroso como Rodrigo Strolis que ouviu de cara é já sentiu-se arrebatado pelo trabalho, pode ter uma chance de conhecer o baterista Lars Ulrich que foi um dos primeiros a comprar briga contra os internautas no caso envolvendo a Napster. Vai que ele bate a sua porta e pergunta à você:
Doçuras ou travessuras?