sábado, 31 de dezembro de 2011

2012



Por dois anos, minha postagem de virada de ano era lúdica, leve. Supostamente engraçada, mas alguns problemas pra lá de crônico na ex-pátria de chuteiras e a graça parece se desfazer.

Na última semana, ainda recebemos notícias bizarras como favela é moradia para um em cada dez paulistanos, vereadores recebem tablets com custo de R$115 mil ao ano para a câmara, overbooking de novo nos aeroportos. Só na av. Paulista tivemos 1.100 protestos no ano, com média acima de 3 ao dia, comer fora de casa fica mais caro, sobe o juro do cheque especial. 

Outros curiosos? Imprevistos? Boas notícias? Sim. Espanha pela quarta vez consecutiva lidera ranking da FIFA e o iptu dos paulistas com 6,45% fica abaixo dos famigerados índices inflacionários do qual o Brasil extrapolou a meta máxima estabelecida.

O que realmente me parece algo de diferente no atual cenário é que aumentos de 126,7% dado pelos próprios vereadores de Campinas se deram e os inacreditáveis 250% para sub-prefeitura de S. Paulo ganham força indignada como nunca se viu no Brasil. Esse reajuste vale a partir de janeiro e deve custar cerca de R$ 3 milhões anuais aos cofres públicos.

A revista ¨Time¨ elegeu o manifestante como a personalidade do ano principalmente pelos do  Oriente Médio e norte da África pela suas idas as ruas para lutar por seus direitos.

O que pode parecer uma mera postagem pesada para climas festivos, nada mais é do que um ânimo, uma força extra para que as pessoas possam discutir e perceber que essa nossa política está absurdamente longe daquilo que podemos ter. Ela é feita para manter os que no poder chegaram. Cerca de 85% deles se reelegem. Ou mudamos o rumo das coisas, ou provavelmente seus netos sofrerão dos mesmos problemas.

2011 foi bom, mas 2012 pode ser melhor. Depende de nós.

Não espere um melhor ano. Faça um melhor ano...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sonhos compartilhados

Se sobrasse apenas sonhos para compartilhar
Saiba que neles jamais seria triste




sábado, 24 de dezembro de 2011

Merry Christmas

As vezes, apareço por aqui humoradamente, embora essa característica minha não seja bem compreendida por vezes. É o que acontece com o vocalista dessa canção abaixo que soa como um bom crooner, mas é o excêntrico Mike Patton que empresta sua voz numa interpretação "Sinatriana".


É, até o homem das mil vozes pode ser eu pode meigo de vez enquando...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Um feliz natal com mais humor para você

Alguns que me conhecem de mais tempo, já viram esse vídeo, mas o que vos escreve, vos toca:

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Acusação Futebol Clube

Imagem by Google images 


Não tenho o costume de justificar-me em nada nesse espaço pelo simples fato que é o meu espaço, mas dessa vez, chateei-me com um ocorrido pela minha "brasilidade" ou "jeitinho brasileiro" como quiserem. Eu que tento seguir as regras, quebrei uma que irritou uma classe de pessoas. Fui acusado de plágio integral por um texto que escrevi. Achei tão surreal que o meu humor permitiu-me "curtir" a acusação lá onde se curte qualquer coisa (mesmo as coisas que não se gosta ou concorda).

Dei o velho "control c control v" em dois parágrafos que dizia o que eu pensava no momento e alterei algumas coisas, mas isso virou uma acusação de plágio integral. Vacilo meu. Podia ter citado a fonte e quando alertado e mesmo defendido pelo amigo Lucas Mello, quis encontrar o original para anexar ao texto, mas na enxurrada de páginas da internet que conseguimos entrar por dia, já não a encontrei. Solução? Tirar a postagem do ar e alterar os parágrafos.

Chateei-me por ter sido "descuidado" com esse detalhe e por ter colocado amigos em um fronte de batalha. Nossa humanidade tem uma velocidade de alterações de comportamento e talvez eu sem pensar, pensasse que algo havia mudado quanto aos textos e a internet. Essa prática que recorri é tão comum (e não certa por isso) que indignei-me quando pesquisava Morphine e a afinação utilizada por Mark Sandman. Encontrei pelo menos 10 blogs com praticamente o mesmo texto.

Eu que já tive fotos minhas veiculadas sem autorização, frases proclamadas por outras pessoas como se fossem sua, exclusão da parceria de músicas em que compus, gravações de linhas de baixo ou outros arranjos e veiculação da minha imagem sem sequer ser consultado, vacilei e acabara de entrar para o seleto clube dos criminosos (só um draminha para você sorrir). 

Posso lembrar que música minha baixada sem meu consentimento também é crime? Ah, deixemos quietos. Besteira e passou. Apenas esclarecendo que tal prática não anda conforme as leis e isso só prova que o que eu acho...é apenas o que eu acho...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O que há com o Futebol no Brasil?

(imagem retirada de globoesporte.globo.com)

Tem aquele velho ar de soberba para com o adversário. Aquele mesmo que nos fez perder a copa de 2006 com um jogo ridículo e apático contra a França. 

Sempre achamos que o futebol brasileiro vai tirar jogadas mirabolantes de dentro da cartola e pronto. E sim, acreditamos nisso por que ela várias acontece e caso isso houvesse acontecido mais uma vez, ninguém estaria falando nada, mas como aquela velha emissora cria seus mitos, destrói como e quando quer. Basta ver o caso Dunga onde foi escorraçado após rusgas com a tal emissora, mas a postura dele foi muito semelhante a de Felipão em 2002, mas vencendo, ninguém fala nada, assim como não falariam nada de Muricy. Não é isso o que realmente importa.

Vamos ao jogo. Foi uma aula, onde o Barcelona enfiou 4 e poderia ter feito mais (só bola na trave, foram mais duas), Xavi 102 passes e um erro. Iniesta 120 passes, nenhum erro, mas simplesmente não é essa a questão. Quantas vezes não vimos um time ser massacrado e em um contra-ataque vencer por um a zero? Acontece que dessa vez, Davi não venceu Golias.  Por esses motivos, não vou me ater ao resultado do jogo. O Santos é simplesmente o atual campeão da libertadores. Não há como negar esse fato. Foram campeões com mérito e levantei-me em um domingo de manhã para ver um espetáculo, mas vi uma aula. Não de futebol propriamente dito, mas de postura e atitude.

Detalhe: Não preciso falar de um único nome do time, afinal, não foi um nome que fez a diferença. O que se viu foi impressionante. Uma aula de filosofia, postura e amor a camisa. Um projeto a longo prazo que destoa dos técnicos brasileiros caindo com algumas rodadas sem vencer. Jogar e dar espetáculo como fazia Telê Santana. Coisa que o Brasil perdeu desde a era Lazaroni. O Santos parecia um excelente time europeu com dois nomes que poderiam (e podem) mudar o jogo a qualquer momento e o Barcelona parecia a seleção brasileira de 82 (que genial como era, não venceu a copa)com a disciplina dos europeus.


Na mídia brasileira, como sempre, nossos jogadores eram endeusados e pareciam curtir o seu papel de pop star, só que uma hora é preciso jogar, e foi estarrecedor ver o Santos olhar o time catalão jogar e simplesmente não conseguir fazer nada. O primeiro tempo então, tive até pena do time do Santos. Parecia um lutador da UFC brigando com um ser humano normal. 
O futebol dos espanhóis é quase chato (talvez por que eu esteja acostumado a ver uma guerra física do atual futebol brasileiro com gol aos 46' do segundo tempo do que o jogo de xadrez proposto pelo "Barça"). Uma máquina de jogar bola como a Holanda de 74, aliada ao futebol arte dos quais já muito nos gabamos. Eu tenho o costume de ver algum jogo outra vez depois já sabendo o resultado e vendo friamente o jogo. Mais de 40 minutos do segundo tempo e o Barcelona tentava fazer gol da mesma forma. O relógio expira os 46 e o jogo termina com o Santos abafado em sua área. 75% de posse de bola. Qual a grande lição disso? 
O futebol brasileiro é dirigido por pessoas que pensam em dinheiro e pronto. Tirando Marcos do Palmeiras e Rogério Ceni do São Paulo, os jogadores só pensam em dinheiro também, mas o Barça parecia dar prazer aos que estavam ali dentro de campo. 

Coincidência? Quem ganhou a última copa? Qual o time base que ganhou a copa? Novamente pergunto, qual a lição que devemos ter?

Descer do salto e reconhecer que nesse atual momento, o futebol espanhol é o melhor do mundo. Eles aprenderam com a escola sul-americana e acrescentaram a disposição tática dos europeus. Eles são os alvos a serem batidos no momento. Nossa pátria não desponta mais do ponto mais alto do ranking da FIFA.

Já tem muito tempo que não sei o que é sentar na frente da tv e assistir uma partida de futebol, até porque, eu perdi o interesse total por esse comércio. Nem mesmo jogos da ‘seleção’ eu paro para ver. Vejo apenas jogos do meu time por ser o meu "botão turn on/off" da realidade e pronto. Achei no entanto que veria um jogaço, mas vi uma aula.

Parabéns ao Barcelona que apenas se iguala ao Santos na história com o seu bi-campeonato. Falem o que quiserem todos os outros torcedores que preocupam-se apenas em "troçar" os outros times.

Aprendamos a lição dada pelos atuais campeões do mundo.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Caminhos musicais

Muito do que me mostram como sendo coisas boas e geniais, não gosto. É de igual percentual as vezes em que gosto de alguma coisa e muita gente não "compra a minha idéia". Cá pra nós, mais do que natural isso. Já é de tempos que consigo identificar o que gosto ou não em um som e não é apenas técnica musical (visto que umas coisas que gosto até carecem disso).

Uma coisa que não me desperta o menor interesse (embora geralmente respeite), são trabalhos de músicos que querem ter a exata atmosfera musical de décadas atrás. Salvo exceções de trabalhos específicos de resgate da obra de um artista, ou algo do tipo.

Fora isso, sempre vou preferir ouvir Charles Mingus do que alguém hoje tocando como ele. Prefiro Djavan ao ataque dos clones que sucedem-se após a sua aparição. Led Zeppelin a diversas bandas que apenas copiam caminhos de quem um dia desbravou novas direções.

Isso justifica (me) por gostar do trabalho de José James. Cantor e compositor que criou um senso calcado na fusão da música negra americana podendo colocar aí o jazz, hip-hop e por que não dizer a música pop?


Pode ser comparado à Chat Baker? De forma alguma. Assim como não podemos colocar ele em uma comparação com Michael Jackson. E por uma simples razão: Ele não imita esse ou aquele, apenas soma suas vivências musicais e despretensiosamente tenta trilhar a sua viagem musical...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Gal Costa



Antes de tudo, posso traçar um paralelo desse disco com o recente Lulu lançado pelo Metallica e Lou Reed e você pode estar se perguntando como. A explicação se encaixa para ambos com um disco desconcertante. Um disco de ruptura. Corajoso. um certo amigo ficou incomodado com um possível descompromisso com o belo. Ele simplesmente não conseguia gostar de nada.

Sentiu que o disco poderá fazer os fãs de carteirinha de Gal devolver a sua não é? E quem garante que se angaria novos adeptos? Logo, há de se ter coragem para empreitadas do tipo.

O disco é dirigido por Caetano Veloso que também cede as composições para o disco. O que por um lado explica a ousadia desse trabalho, visto que Caetano nunca se sentiu satisfeito com a zona de conforto. Essa zona que havia aprisionado Gal e não conseguia mais mover nenhum esforço meu para ouvir algo novo. Eis então que uma capa verdadeira (no sentido da ausência da beleza plástica forçada dos photoshop's) é o começo para uma nova fase em seu trabalho. 

O disco abre com Recanto Escuro e já mostra que que ruídos e atmosfera eletrônica estão presentes. A própria letra parece resumir a sensação: 

Não salto mas sou carregada
                                              Por asas que a gente não tem
A luz não me fulmina os olhos
Nem vejo bem

Na segunda canção (Cara do Mundo), o clima parece se estabelecer. Você começa a se acostumar e flerta com o acolhimento da empreitada. Autotune Autoerótico então começa a apontar mais radicalmente ao experimentalismo. Para os desavisados, Autotune é um programa usado em estúdio e sua voz acaba sendo descaracterizados em alguns momentos aqui.Tudo Dói intitula a quarta faixa e daí tem-se a certeza que não existe regresso nessa viagem que Caetano propôs mesmo com um violão bossa nova dobrando a esquina ao fim da música. Neguinho é a quinta música. Uma das mais fáceis de ouvir em um primeiro momento, mas com uma letra que é crítica aos dias de hoje.

O disco parece que não mais causara espanto quando adentra a penúltima das 11 faixas: Miami Maculelê que abraça o funk carioca e o produtor em questão empresta sua voz com versos como:

Era música de dance
Era o bonde do prazer
Sacanagem sem romance
Por que eu fui meter você?

                                                     Era dança de alegria
Putaria e coisa e tal
Por que você vem com santo,
 Anjo e galera do mal?

Mas quer saber o que eu realmente acho? Que você deve ouvir e chegar as suas conclusões, afinal a diversidade das pessoas nos mostra que tem gente reclamando, mas teria da mesma forma se ela não tivesse saído de sua tora esperada. Acredito que alguns novos fãs podem ser angariados (ainda que com a perca de alguns), mas como sempre, o que eu acho é apenas o que eu acho e nada mais do que isso...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Animais para adoção

A postagem de hoje é simples e direta. Sem rodeios ou poesias. Mera utilidade pública. Uma feira de adoção de pequenos como esse abaixo:





Caso se interesse, saiba de alguém que tenha interesse ou mesmo que queira apenas ajudar, repasse as informações:






E se você quiser dicas de como embrulhar o seu presente:

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ponto de Vista


Imagem que circula um certo tempo pela internet e da qual você poderia pensar se tratar de uma postagem "de humor". Ledo engano. Embora ela expresse uma visão cômica das diferenças entre homens e mulheres, ela é apenas uma generalização sobre aspectos de comportamento e claro que quase sempre existem exceções em qualquer regra que seja.


O estudo comportamental mostra que existe sim diferenças entre homens e mulheres desde o princípio. O homem precisava ser mais focado e concentrado para caçar enquanto a mulher tinha que ter a habilidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo (preparar o alimento, cuidar da cria, socializar com as vizinhas, cuidar dos pertences da casa). Ok. Todos sabemos, mas quando aprenderemos a lidar com as diferenças? 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Bruno Morais

Corações partidos,
sigam-me.
Corações partidos,
sigam-me.
Não vamos chorar,
não vamos olhar pra trás
e nem vamos fugir. 
Corações partidos,
sigam-me.

Havia trabalhado com ele, mas quem vive de música sabe que por vezes não existe tempo suficiente para ouvir nem os amigos e quando finalmente o ouvi, essa foi a primeira música que chamou minha atenção. A letra tinha um misto de dor e contemplação pela vida que convidava-me a ouvir mais. Estava então naquela fase "repeat" do disco quando uma amiga chama-me no msn e pede-me para mandar a música "Hino dos Corações Partidos F.C." 

– Conhece? Perguntei...
- Não, mas adorei o nome da música– responde Luciana Akiko.

Isso causado apenas pelo título da música do paranaense de Londrina radicado em São Paulo que classifica sua música como afro-brasileira (ou qualquer coisa de origem negra, passando pelo pop, jazz americano), mas mais do que qualquer coisa, é uma música cinestésica. Ele explica que suas músicas possuem partes instrumentais para ser dito sem palavras. Liberdade para o ouvinte ouvir seus próprios sentimentos, mas no final, a forma que canta remete a sofisticação da bossa ou de um canto contido de Chat Baker ou João Gilberto. 


Alguns meses antes, em uma conversa informal, ele já havia dito que a música arrebatou-lhe quando ainda criança. Ouvia Galope Rasante de Amelinha e simplesmente sentia vontade de correr. Essa sensação era tão arrebatadora que diz que se realizaria profissionalmente se soubesse que sua música causasse algo parecido em uma única pessoa que fosse.

Surge então entre uma conhecida nossa a seguinte imagem:


Uma tatuagem com a citação de uma música sua grafando o braço da fotógrafa Helena Marc.

Suas realizações profissionais adentram o legado da atual música com a chegada de sua obra na revivida forma de vinil. Esse show acontece quarta-feira no Beco 203 após ter suas audições de músicas alavancadas em seu soundcloud após menção no site da Waxpoetics que é a atual referência dos dj's, músicos e produtores mundo afora.

Como sempre, a audição ao vivo é sempre melhor e caso queira degustar o mundo sonoro e imaginário de Bruno Morais, clique para maiores informações.

Partido ou não, que seu coração possa seguir o time do rapaz...


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Anarquismo

A visão distorcida ou embaçada foi escolhida de propósito. Creio que ela represente a imagem que a maioria das pessoas tem sobre o assunto.


Anarquismo significa "sem governantes". É uma filosofia política que engloba teorias, métodos e ações que objetivam a eliminação total de todas as formas de governo compulsório. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita e, assim, preconizam os tipos de organizações libertárias.


Isso te parece ousado demais? A beira do caos? Pois por pensamentos equivocados é que a maioria das pessoas não se aprofundam sobre o tema.
Passando da conceituação do Anarquismo à consolidação dos seus ideais, existe uma série de debates em torno da forma mais adequada para se alcançar e se manter uma sociedade anárquica. Eles perpassam a necessidade ou não da existência de uma moral anarquista, de uma plataforma organizacional, questões referentes ao determinismo da natureza humana, modelos educacionais e implicações técnicas, científicas, sociais e políticas da sociedade pós-revolução. Nesse sentido, cada vertente do Anarquismo tem uma linha de compreensão, análise, ação e edificação política específica, embora todas vinculadas pelos ideais-base do Anarquismo. O que realmente varia, segundo os teóricos, são as ênfases operacionais.
Anarquia significa ausência de coerção e não a ausência de ordem. A noção equivocada de que anarquia é sinônimo de caos se popularizou entre o fim do século XIX e o início do século XX, através dos meios de comunicação e de propaganda patronais, mantidos por instituições políticas e religiosas. Nesse período, em razão do grau elevado de organização dos segmentos operários, de fundo libertário, surgiram inúmeras campanhas antianarquistas. Outro equívoco banal é se considerar anarquia como sendo a ausência de laços de solidariedade (indiferença) entre os homens.

O que temos no entanto é uma "democracia" completamente viciada e que só beneficia alguns poucos, visto que o sistema é tão falho que não é possível se eleger sem fazer conchavos ou caixa dois. Tanto é que não exista político que sequer respondeu ao vereador Agnaldo Timóteo dizendo que a prática é comum e que todos as praticam no Brasil. É triste chegar a tal conclusão, mas enquanto a democracia for representativa e não participativa, teremos essa mentira.

O pior é que pode ser pior

Mesmo pessoas que não são da política se reúnem a todo momento no Brasil para decidir o que fazer com a nossa nação. Você não crê nisso? Teoria da conspiração? Pois essa semana um vídeo tem rodado as redes sociais mostrando isso:







E não pensem que estou mostrando ou falando sobre por defender a esquerda. A esquerda do Brasil é uma visão do que vemos diante do espelho. Exatamente igual, só que para o outro lado.

Tenho um amigo co-criador de um certo partido de esquerda, que inclusive trabalhou em campanhas que disse que agora eles fazem a mesma coisa que criticavam na direita. Pensemos nas manchetes de jornais de 12 anos atrás. Espelho?

Parece que a vida insiste em imitar a arte e a famosa máscara do V de vingança de Alan Moore tem sido bastante utilizada nos acontecimentos de Wall Street. Para quem não leu os quadrinhos, ela se baseia em um personagem anárquico. Se você quiser ver o próprio falando sobre isso, siga o link:

Tenho uma amiga advogada que trabalha onde ocorre algumas dessas reuniões (embora pelo menos algumas por políticos). Infelizmente ela passou a votar em pessoas que ela ao menos acha que não leva dinheiro para casa depois de tantos conchavos...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Tatuagem

Se existia algo que sabia que escreveria um dia nesse blog, era sobre tatuagem e por razões adversas, demorei muito para escrever, mas eis que Roger Marx foi o homem imbuído de apresentar-nos uma arte outrora marginalizado.


Perguntei ao tatuado tatuador em questão a sua definição de tatuagem. Qual não foi a minha surpresa quando Roger deu-me a resposta de que era uma coisa sem importância. Basicamente algo que penso em relação a música. Importante é comer, senão você morre. Se não se tatuar, ok. Nada substancialmente vai mudar em sua vida. Filosofias à parte, o artista em questão sente que ainda está longe de seu potencial pleno e livros e livros de arte podem ser vistos em seu atelier. Aprender sempre é preciso.

Aos 20 anos, se mudou para os Estados Unidos, onde foi tatuado pela primeira vez.Retornou a São Paulo e ganhou sua primeira máquina de tatuar de presente. A carreira de designer gráfico e ilustrador era então gradualmente trocada por gravar lembranças e imagens em peles alheias.

Para quem deseja conhecer um pouco mais de sua arte, siga-o em seu site: http://www.rogermarx.net 
Se quiser ter sua pele marcada, sua loja fica no Nimbus Studios e é exclusiva para tatuagens. Embora a prática seja comum, ele não aderiu ao mundo dos piercings (embora também os tenha). Acha o processo mais complicado do ponto de pista de tratar-se de pequenas intervenções cirúrgicas.


A arte frequentemente cria uma vida longe da rotina para os que resolvem tomar tal caminho e assim, o bisneto de Frei Galvão, único santo brasileiro, freqüentemente viaja aos Estados Unidos para se reciclar e assim conheceu Tracii Guns do LA Guns, um dos fundadores da trupe de Axl e Slash. Por indicação do tal, o baixista da banda de Duff McKagan que veio tocar no SWU com seu projeto solo Duff McKagan Loaded, tatuou-se com ele. Saindo do hotel, encontra a banda Down chegando e entre membros da equipe (e do próprio festival), tatuou inclusive o vocalista Phil Anselmo após seu show. Nessa sucessão de acontecimentos que é a vida, você pode ser o próximo a encarar a tinta do rapaz.





A tatoo no punho de Phil é de sua autoria e sinto que posso ser riscado a qualquer momento...



domingo, 20 de novembro de 2011

Efeito Kurt Cobain

O emblemático vocalista do Nirvana morava em Aberdeen. Uma cidade do interior com pouco mais de 16 mil habitantes. A loja de disco que por lá existia, possuía apenas clássicos de venda garantida como Beatles, Madonna ou Michael Jackson. Na banca de revista no entanto, lia sobre Clash, Ramones, Sex Pistols ou Dead Kennedys e sabia que era aquela atitude que ele queria imprimir ao seu som, no entanto, nos anos 80 não existia a internet onde você pode baixar o disco desejado. Resultado? Ele só foi ouvir essas bandas anos depois após a já consagração de sua banda.

Nesses mesmos anos 80, quando morava em Rio Claro, passei pela mesma coisa. Na rádio, tocava Blitz e na revista Bizz eu lia sobre bandas como Fellini, Cabine C, Akira S e As Garotas Que Erraram, As Mercenárias, Plebe Rude e Aborto Elétrico (que originaria bandas como Capital Inicial e Legião Urbana). Ou seja, identifiquei-me por completo com Kurt Cobain quando li sobre o fato.

Nos dias de hoje, temos uma realidade completamente diferente. 2006 mais ou menos e dava aula para o embrião do grande músico que tornou-se Eduardo Marmo. Ele não gostava de Led Zeppelin, mas como baixista de rock, passei-lhe uma música. Qual não foi minha surpresa quando na semana posterior estava ele com a discografia completa da banda através da facilidade da internet.

Pois bem, onde quero chegar com essa história? No Beco 203 localizado na Rua Augusta, 609. Por qual motivo? Simples, se a grande rede trouxe-nos a facilidade de ouvir a canção que quisermos, temos um novo momento onde as pessoas voltam-se aos palcos para ver tais músicas de forma pulsante e viva. Interpretadas e não aprisionadas em um mp3. Ocorre que nesse encontro específico, a banda Kafka Show interpreta canções da banda Fellini com participações de André Revolver e o próprio guitarrista da banda, Jair Marcos. Prato cheio para unir antigos fãs da banda paulistana a nova roupagem Kafkaniana. 

Uns reouvirão velhas canções, outras conhecerão como se essa música fosse feita no último semestre, mas ambos presenciarão um trabalho feito por músicos dispostos apenas a tocar e se divertir sem cair na mesmice radiofônica de hoje.


Maiores informações: http://www.beco203.com.br

E se você quer assistir ao show na faixa, siga no Twitter @demetriusmusic e diga que quer ver Kafka Show toca Fellini.

sábado, 19 de novembro de 2011

Eu não quero a culpa de Monte Belo

Gostaria de um dia olhar para os livros de história e saber que os homens fizeram o que obviamente é o correto. Nunca a humanidade foi capaz de replantar de forma efetiva o que destruiu e como posso crer que dessa vez conseguirá? Aliás, já nos destruímos mesmo não é? O que dirá das árvores e índios que moram tão longe de nós que nem ligaremos?

Em um país do jeitinho brasileiro, podem apostar que uma dúzia de pessoas está dando seu jeitinho para ganhar dinheiro pra caramba, afinal, ganhar alguns milhões e ver a terra se explodir daqui uns anos quando não estiver mais na terra parece tentador.

Para que mais usinas se a de Itaipu trabalha com apenas 5% de sua capacidade? Me perdoem os que são favoráveis a essa insanidade, mas até hoje, ninguém nunca me apresentou argumentos realmente descentes sobre essa atrocidade.  Os EIA (estudos de impacto ambiental) e o RIMA (Relatório de impacto ambiental) sobre o caso em questão simplesmente não bate, mas no país do samba, isso pouco interessa. 

Eu que sou conhecido por várias características tidas como estranhas como a de não assistir tv, fiquei impressionado quando um vídeo com atores conhecidos do grande público alavancaram uma corrente na internet que pode tentar mudar algo.

Uma vez na vida, não tenha preguiça e assine a petição que segue (lembrando que não sou de pedir nesse blog). Veja também o vídeo e se possível, compartilhe essa matéria.


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Faith no More

De novo. Com aniversário de dois anos do blog, o assunto que me fez ter vontade de começar tudo por aqui em 02.11.2009.

Fã inconteste da banda, resolvi escrever alguns dias depois com um outro olhar. Diferente das vezes em que assistia um show e no dia posterior escrevia sobre, dessa vez preferi rever o show novamente em casa de uma maneira mais fria e após ler dezenas de resenhas sobre o show do quinteto americano. E por que resolvi fazer assim? Por saber que ninguém é imparcial o suficiente para não puxar sardinha para lado algum, ou seja, isso continua como sempre sendo apenas o que eu acho...

1:30h da manhã debaixo de chuva torrencial (do qual eu velho de eventos do tipo tinha uma capa de chuva e pés envoltos em saco plástico após o toque do amigo Diogo de Nazaré da banda Kafka Show). Verdade que vi um grande números de pessoas que foram para ver Alice in Chains, Megadeth, Sonic Youth, Stone Temple Pilots, Primus e Crystal Castle e com certeza, outros milhares foram ver outras bandas. Houve inclusive quem não conseguisse se aproximar depois de se esbaldar com Alice in Chains (não é Deborah Evelyn?), ou mesmo que tenha saído antes após o êxtase atingido por conta do Sonic Youth (dessa vez Junior Muniz), mas eu estava colado na grade e vi o senhor "Mike preto Patton velho" passar ao meu lado com total alusão a cultura brasileira em sua vestimenta, assim como o do restante da banda e mesmo dos roadies. O palco era de uma brancura pincelada com flores pelo palco. A banda mostrando-se sempre inusitadas.

Acredito que o senhor vocalista em seus 43 anos sabia dessa vez que tinha a platéia na mão. Após 2009 com o retorno da banda e um show memorável onde cunhou-se a expressão "Porra Caralho" de forma definitiva pela banda e ter a tal expressão ecoado mesmo no Rock in Rio quando ele veio com um projeto completamente diferente (Mondo Cane) e relativamente calmo para os parâmetros pattonianos. 

A essa altura, não esperava mais do que outro show memorável. O que me espantou dessa vez, foi o número grandioso de pessoas com vinte e poucos anos entoando as canções daquela banda "esquisita". Competente com o senhor das mil vozes entoando suas canções, acompanhadas por Billy Gould no baixo e seu timbre peculiar, Mike Bordin descendo a mão na bateria que fez Ozzy chama-lo para seu trabalho solo, Roddy Bottum e seus teclados totalmente fora do convencional para uma banda de rock e a classe e discrição das guitarras de Jon Hudson que por vezes me lembra Brian May. 

Na verdade, o que quero dizer, é que essa banda continua me impressionando mesmo por seus caminhos tortuosos. Eles nunca serão populares como U2 ou Madonna, mas sempre serão lembrados. Quando surgiram, seu som era completamente diferente de tudo que existia e se por acaso você escuta hoje e acha normal, saiba que foi eles que abriram as portas para o som que ficou normal após ser copiado por milhares da bandas. Mesmo assim, vejo músicos torcendo o nariz para eles e sinceramente não é essa questão. Em música, uns trabalhos me atraem, outros não e o mundo seria melhor se todos assim fizessem.

Quanto ao que li escrito, também me impressionei. Se não existe unanimidade na música, esse show bateu na trave. experimente jogar "Faith no More no SWU" em seu buscador de preferência e encontre expressões como: Show histórico, Faith no More faz público esquecer chuva, Show épico, Mãe e filhos dormem na fila para ver show, um dos melhores shows do ano, show apocalíptico, Insanidade do Faith no More encerra os shows do SWU... bom parar por aqui.

Abaixo, o show na íntegra. Resolvi não pinçar um melhor momento e sim deixar para quem quiser ver por completo com pequenas falhas técnicas, intervenção de um artista popular de Pernambuco, o tombo que Patton leva quando assume uma das câmeras de tv para ver o quanto o nosso mestre de cerimonias pode ser visceral, mas técnico, artista e cativante mesmo com a enxurrada de palavrões tupiniquins. Não é a toa em que em nossa pátria é que o Faith no More tem mais fãs...


Se você tiver paciência para brincar a essa altura do campeonato, encontre-me com uma hora e 55 segundos de show e vejam a compenetração desse que vos escreve...

É por essas e outras que esperei baixar a bola e escrever friamente. Li muita coisa e inclusive coisas que não concordei como o Faith no More é o único trabalho onde o genial Mike Patton produz música boa. Em minhas aulas, passo pela estética e a filosofia sobre o belo. Isso é extremamente relativo e nosso vocalista tem sim diversos trabalhos que caminham com a bizarrice de mãos dadas, mas se o considerado pelo jornalista em questão é que o Faith não é bizarro, vale pesquisar trabalhos como Lovage ou Umlaut onde o vocalista das mil vozes mostra-se um outro intérprete.

Para variar, tudo isso...

...é apenas o que eu acho.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Doçuras ou Travessuras?

Poderia muito bem ser a pergunta feita pela improvável dupla Lou Reed e Metallica que não por mero acaso escolheu o dia 31 de outubro para lançar um álbum em parceria:


A imagem acima é a capa do disco intitulado Lulu que já teve a sua proibição nos metrôs de Nova York. Cá pra nós, quem ganha com a polêmica? A própria dupla que lança um disco "esquisito" para ambos. Se por um lado, Lou Reed é mestre em lançar um disco completamente diferente atrás do outro, esse soa extremamente pesado para ser de sua obra. Para o Metallica então, o trabalho parece simples com músicas longas e sem nuances para seus padrões. Vale-se ressaltar que Lou Reed é muito mais um poeta do que um músico propriamente dito e sua obra tem muita importância sobre o que ele fala. 

O disco abre com Brandenburg Gate com um violão e um ar Lou Reediano. Alguns segundos depois começa todo o estranhamento como o constatado pelo guitarrista Marcelo Nunes da Comodoro. Não espere ouvir muito a voz de James Hetfield que humildemente coloca-se como membro da banda e arrisca apenas uns vocais de apoio aqui ou ali.

Definitivamente não é nem Lou Reed e nem Metallica e para os padrões atuais, as músicas são longas. Iced Honey é a menor com 4:38, tendo 3 músicas passando dos dez minutos. A mais longa fica com Junior Dad com 19:29h. Depois de se ouvir uma segunda (ou terceira, quarta...) vez, o som parece fazer sentido, mas o que interessa é que o trabalho de alguma forma é diferente.

Em tempos de internet, o disco já vazou e se você for um fã ardoroso como Rodrigo Strolis que ouviu de cara é já sentiu-se arrebatado pelo trabalho, pode ter uma chance de conhecer o baterista Lars Ulrich que foi um dos primeiros a comprar briga contra os internautas no caso envolvendo a Napster. Vai que ele bate a sua porta e pergunta à você:

 Doçuras ou travessuras?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Cerrone

Jean-Marc Cerrone (mais conhecido por Cerrone). Nasceu em 24 de maio de 1952 e é um músico e produtor francês. Aos 12 anos de idade, aprendeu a tocar bateria. Cita Otis ReddingJimi Hendrix e Blood, Sweat & Tears

Por razões diversas, alguns músicos tornam-se mundialmente conhecidos e outros não. Embora Cerrone já tenho ganho Grammy's, Golden Globes, já fez muitas trilhas para cinema e uma discografia que ultrapassa os 20 discos, mas é impressionante como mesmo entre meus amigos músicos eles são desconhecidos e causam uma boa impressão.

Poderia escolher inclusive uma música mais curta, mas vou de Supernature com os seus   quase 11 minutos. Existem versões menores com "fade out", mas preferi a versão na íntegra. O máximo que vai acontecer é alguém não gostar e não ver até o fim. Ela no entanto cheia de detalhes prende a atenção da maioria dos ouvintes desse som que flerta com o disco, mas que em 1977 já apontava para um arranjo minimalista tão em voga hoje dia.


Detalhe para o vocalista por trás das baquetas e atentem para o ano do disco para não falarem que parece com esse ou aquele artista. Provavelmente ele é mais antigo ok? E seu estiver discotecando dias desses em algum local, essa pode ser uma música ouvida....

Encontrando soluções

Já pensou em procurar outra forma de solucionar os seus problemas?



sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Podia ser uma piada...



Isso poderia ser uma piada, mas é real. O que é pior, completamente coerente dentro do ponto de vista proposto pela mulher. Já tinha notícias sobre tal texto e o meu amigo Marcos Maia trouxe-me tal texto. Ele nos faz pensar sobre as relações humanas de hoje.
 



MARIDO RICO
Saiu no Financial Times(maior jornal sobre economia do mundo) .
Uma moça escreveu um email para o jornal pedindo dicas sobre "como arrumar um marido rico".
Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da moça, foi a disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada.
Sensacional!
Leiam...

Interessante...  não deixe de ler e aprender a investir inteligentemente!!!
E-mail da MOÇA:
"Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe. Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano. Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste jornal, ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas?

Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West.
Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente.

Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como eu chego ao nível dela? (Raphaella S.)"

Resposta do editor do jornal: 

"Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação.
Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo a toa...

Isto posto, considero os fatos da seguinte forma: Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio.

Eis o porquê: deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas : Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro.
Mas tem um problema.

Com toda certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando.

Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos. E você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta!

Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco. 
Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada.

Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (compre e retenha), que é para o quê você se oferece...

Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim! Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar.

Cogitar... Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é de praxe: fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio... podemos marcar?"

(Philip Stephens, associate editor of the Financial Tmes- USA) 

No e-mail que chegou para o Marcos, tinha a seguinte observação de seu amigo:
OBS.: Não é a toa que o cara ganha mais de US$ 500.000 por ano!