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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Horizonte


Já não sei mais o que é mar ou o que é céu
Já não sei o que é meu ou o que é seu
Já não sei o que é você ou o que sou eu

Eu só sei onde me doeu
E o Horizonte é apenas um capricho
Meu e teu...

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Distância




A distância é uma dor...
Não daquelas que doem, mas das que dilaceram...
É olhar para o lado esquerdo da cama e não te ter. É não estar encostado ainda de olhos fechados no primeiro pensamento do dia.
É claustrofóbica. É sufocante...
A distância é ter mil formas de carinho em mente e a impossibilidade de os por em prática. 
É, é isso...
A distância é um amontoado de palavras que vão se formando para tentar justificar a desnecessariedade de seu uso se aqui estivesse...



P.S.: Isso aqui deveria estar lá, mas está aqui...

sábado, 6 de outubro de 2012

Torpor

Se por doença ou induzido, eu não sei
Só sei que uma hora desperta-se deles
Saber se era torpor ou torpores...

No despertar do torpor, fervor
Vai-se o langor, chega o tremor
Antes um gestor para te propor

Sou apenas um cantor para compor
Um rufar de tambor ao seu dispor
Antes um clamor sem rancor

Antes o amor a essa dor




domingo, 24 de junho de 2012

Quererências



Queria não querer
Ou queria querer
Muito
Intensamente
Só não queria não saber se queria
Ou se deveria querer

sábado, 16 de junho de 2012

Entre eu e você...

- É o fim não é?
- É?
- Não é?
- Mas depois do fim não vem o nada?
- Talvez... mas eu não sei dizer o que há entre nós...
- É...outra coisa...não o fim...
- Que outra coisa?
- Algo apenas entre eu e você...

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Poesia fluída e viscosa


  • insira-me 
  • inspire
  • Transpire
  • Transe e pire 
    Retira-me o ar e a razão
    Apenas aconteça-me
    Estremeça-me
    Abasteça-me
    (se?)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

sábado, 5 de maio de 2012

...a vida imita a arte imita a vida imita a arte imita...

E já não sei se minha arte inspira-se em minha vida, ou se o contrário. Inúmeras vezes a arte cai pronta em meu colo, como esse pedaço de papel que jaz entre minhas coisas e do qual não faço a menor idéia de onde possa ter surgido...


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Começo



Começo 


O imediato instante após o nada...

A fagulha que incendeia um caminho sem volta...

Mas se o imediato instante acabou de passar,

Estamos no começo?

Pelo menos no fim do começo?

O começo é apenas o nada antes do fim?

E depois do fim? Um recomeço?

Mas se começou após o nada,

Havia algo antes do nada?

O fim é apenas um novo começo...

O fim de um dia gera um novo dia.

O fim de uma hora. De um minuto...

Apenas outra volta no relógio.

Para recomeçar algo,

Que também terá fim.

Demétrius Carvalho

domingo, 12 de junho de 2011

Vida






O gozo da vida deu-se na dor
Um tapa na bunda é como sou recebido
Dos seios de minha mãe o primeiro prazer
Abraços beijos calor e amor
O eu (reconhecido pelo pequeno pênis)
Agora tenho sexo
Tenho boca mãos olhos
Falta-me dentes cabelos
Descobri que o ventre era o melhor local do mundo
E que tudo pode ter um novo significado

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vou tocando a vida

Auto-retrato


Por um momento senti-me decompondo
Me tocando encontrei o meu acorde
Recompus-me 
Acordei

Agora componho
Toco a vida...

segunda-feira, 28 de março de 2011


Sua nuvem atravessou o meu céu, mas ela tem uma cor diferente...

quinta-feira, 24 de março de 2011

Tive um sonho
Era meio azul
Cheiro de silêncio
Daqueles ensurdecedores 
Do qual não temos como nos livrar


No entanto a chuva lavava
Ascendia o calor por meus poros 
Acendia o calor em meu lóbulo

Acordei ofegante
Tenso, suado
Uns braços me agarram 
-Foi só um sonho- Ela disse
Vai passar
*
*

*
**


Passou

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Saudades da minha sanidade!

Autoretrato


Sana idade
in sanidade
Do tempo em que eu não contava as idades

Cidades
Honestidades
Castidades

Imaturidade que me fazia feliz

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Próximo passo...

A vida é uma confusão 
 por vezes torna-se mais fácil apenas dar o próximo passo
(foto:Demétrius Carvalho)

A confusão visita-me ainda quando o sol não nasceu
A dúvida senta-se ao meu lado durante o desjejum
O medo embora sorria-me, me paralisara

Voltar para cama
 Deixar que a vida seja culpada 
É muito mais fácil

No entanto, eu quero mais
Tiro um sorriso amarelo do fundo da gaveta
Sem querer, achei o vigor junto as meias

Um copo de coragem 
Um suplemento vitamínico de mentira
Estou tremendo, mas ninguém percebe

Dar o próximo passo...
E todos te olham admirados de sua persistência
Apenas dar o próximo passo...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Algumas coisas

Acordo pensando em algumas coisas. 
Escrevo algumas coisas,
estudo algumas coisas,
passo no mercado e compro algumas coisas, mas faltava algumas coisas.
Na volta, penso em algumas coisas.
Chego a conclusão que não tenho algumas coisas, 
mas tenho algumas coisas que realmente gosto. 
Tento acompanhar algumas coisas. Na internet, vejo algumas coisas, 
e com algumas pessoas, converso sobre outras tantas...

auto-retrato aguardando trem na estação da Luz - São Paulo

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A soma dos silêncios


Sou silenciosamente quieto e as vezes não suporto o barulho que isso provoca-me
Quando acumulo um grande número sucessivo de silêncios, inquieto-me
Dessa feita, a minha presença incomoda-me e preciso fugir
Numa ensurdecedora explosão de silêncios, já não sou capaz de conter-me

Espreguiço-me

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ver-me

Tudo está lá fora.
 Saia de casa. 
Viva.
 Esteja aberto ao que aparece diante de seus olhos.
 Surpreenda-se ao distanciar-se de si mesmo. 

Apenas assim posso ver-me ao fim de tudo.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

É como se fosse...

Foto por Demétrius Carvalho


É como se fosse necessário afastar-se para enxergar.
Como ver estando por dentro?
Seria olhar sem nada ver.

É  como se a dor fosse necessária.
Como conhecer a alegria sem a tristeza?
Seria viver um torpor sem sentido.

É como se sentisse sua presença.
Como estando tão longe?
Seria criar uma realidade inexistente.

Tudo está em minha cabeça.
Ou na sua.
Ou é como se fosse...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Iludido, acredito

Esse ou aquele?
Angústia
Medo
Ah, mas eu posso ambos

Tudo posso
Então não escolho de fato...
Embalo apenas o capricho de uma pseudo escolha
Vivo inebriado em meu mar de mentiras





Ilusões das quais desconheço
Logo, acredito ser verdade
Sempre escolho o melhor
Sou o melhor
É mentira

Sinto-me como o gado no final das contas
Pasto tranquilo e sem o menor esforço de alterar minha rotina