quinta-feira, 25 de abril de 2013

Da alma...

Pare para pensar nos discos mais conhecidos do Reh Hot Chili Peppers. Não interessa que no meio de tais discos existam discos como "One hot minute". A questão é, sem John Frusciante ferindo as 6 cordas, O Red Hot nunca decolou. Dave Navarro é sem sombra de dúvida, do ponto de vista técnico, superior à John, mas a história está aí para provar que se Kids é a voz, Flea e Chad são o coração e o vigor da alma, Frusciante é a alma...



Partindo para carreira solo (e não a primeira vez), as músicas soam menos vigorosas, mas não menos inquietante. A música em questão por exemplo tem mais de dez anos e de um ponto de vista é até tosca. Simples imagens em loop à exaustão. Imagens que nos causam um desconforto inicial, mas que retratam bem o que esse guitarrista sabe fazer, chacoalhar a alma de quem o ouve. o clipe abaixo foi assistida tantas vezes por mim que sabia anos atrás quantas vezes uma determinada cena era repetida. A questão é que esses detalhes técnicos , quanto a sua própria execução ficam em segundo plano quando escuto-o tocar. Sua alma é escancarada ainda mais em seu trabalho, afinal, a cara e a voz imprimida também é a dele. O corpo e o coração parece titubear sobre que caminho tomar, mas se pudéssemos medir o tamanho dessa alma, eu teria que escrever ainda mais por muito e muito tempo...


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Richie Havens

Nos deixa...72 anos e seu violão e voz se calam. Ficou conhecido por uma emblemática apresentação no festival Woodstock em 1969. Cantava uma vigorosa versão de Freedom. Um jeito absurdamente peculiar de tocar o seu violão. E sua voz? Seu timbre? Também único e peculiar.

Ele era a simplicidade e a densidade ao mesmo tempo. Bastava ele, sua voz e seu violão para nos arrebatar. Nunca chegou perto do reconhecimento de mega bandas, não enchia estádios, não arrastava multidões, mas quando tocava uma alma, ela era realmente sacudida em seu âmago.

Confesso que quis pegar a versão de Freedom no Woodstock, mas ele ainda precisa ser reconhecido. Aqui vai uma versão de muita beleza musical. Uma interpretação cheia de nuances de dinâmica. Que aula...e o polegar por cima do violão? Como explicar para os meus alunos que ele podia?


sexta-feira, 19 de abril de 2013

God Is Dead?


Vale a ressalva que não sou jornalista e o que escrevo "é apenas o que eu acho", mas vamos lá: Não se trata como escutei por aí que é o primeiro disco com a formação original desde 1978. Bill Ward disse que não foi capaz de chegar a um acordo e as baquetas ficaram por conta de Brad Wilk (Rage Against the Machine).

O baterista, mais o simpático trio de sessentões do metal (sim, eles eram a banda mais pesada da terra quando surgiram) com Ozzy, Iommi e Butler.


Como sempre, as opiniões das pessoas tendem a ser totalmente a favor, ou totalmente contra. Já ouvi gente dizendo que é sensacional e gente dizendo que o batera é completamente sem pegada (o mesmo que espanca a bateria ao vivo com o RATM).

Minha impressão? Vamos lá, a canção tem 9 minutos e não socaram o formato de 3 minutos para a rádio goela a baixo nos ouvintes. A timbragem me soa um pouco diferente, mas, natural, enfim, são 35 anos desde a última aparição do trio de ferro. A introdução me deixou suspenso no ar esperando o Mister Madman ecoar sua voz. São exatos 1'15 para que ela apareça e que alegria ao ouvir aquele inconfundível timbre. Me senti um garoto de 17 anos novamente ouvindo Iron Man. Mas confesso que esperava mais pressão, mais voz, mais potência, mais berro do sr. Osbourne. Pode ser apenas por que era o que queriam dessa música. Esperemos o restante do disco...

No final das contas, tem-se uma boa música, mas a expectativa gerada pode destruir tudo. Tem uma horinha que parece mais com a carreira solo de Ozzy...Pensei, pensei e repensei. Mesmo que não seja uma música que entre no top 10 da própria banda, é muito melhor do que toda a média do que se faz hoje em dia e pelo menos estamos falando com os deuses do heavy metal.

Escute God is Dead? e peça a benção ao papado...

Ah... em outubro tem culto no Brasil pela primeira vez e eu não vou perder a chance...

Amém