terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Vira vira vira...



Certamente o ano que menos escrevi no blog. Por aí, passam uma série de fatores. Desde foco em outras coisas, até um certo descaso com este espaço. Tive gente reclamando da minha falta e confesso, eu também senti um pouco de falta, ou saudade, como queira.

A grande verdade é que hoje, tem me incomodado um pouco o fato de que todo mundo tem opinião de mais o tempo todo. Existe uma quantidade absurda de assuntos e todos precisam ter suas opiniões dadas o quanto antes, mas, tal qual uma partida de futebol, as pessoas escolhem um lado ou outro e não penso que seja por aí. A maior descoberta filosófica do ano para mim, foi Slavoj Zizek e ele defende que existe muita coisa entre os dois extremos. Aliás, os extremistas... seja lá de que maneira. O político, o religioso, o torcedor de time... os extremistas... eles me parecem um perigo e como todo mundo tem opinião agora para tudo e tem no subconsciente esse pensamento do 8 ou 80 e temos uma sociedade que me parece mais tensa.

Alguns anos, fazia um tipo de previsão de coisas que aconteceriam no ano vindouro de uma forma cômica que tinha sim a sua pitada de crítica quanto a nossa previsibilidade. Pois bem, esse ano farei de uma forma mais séria...

O ano será um tanto quanto atípico no Brasil. Carnaval um pouco mais tarde que o normal, copa do mundo e ano de eleições. Isso por si só, credencia o ano para um daqueles que o torna único na história (embora todos o sejam). Fora toda a tensão política e a copa do mundo, me parece que a curva de acessibilidade internética pode começar a diminuir. Não no número de novas conexões, afinal, ainda existem milhões de pessoas que não possuem conexão estável diária, mas sim no tempo e na qualidade dos momentos gastos frente ao computador.

O Facebook pode ser destronado esse ano por alguma nova mídia? Ainda penso que não, mas assim como ele desbancou o Orkut, que desbancou o Myspace... Isso de certa forma é inevitável. O Twitter que já parecia dar o que tinha que dar, recupera um fôlego. Seu público parece querer fugir do besteirol que existe no Face (embora tenha gente que bate papo em público no Twitter).

Minha experiência por sinal com o Face me fez permanecer no começo de 2013 longe dela e percebi que perdi trabalho. Voltei a ele, mas espero que no final do ano que vem, veja que vários amigos conseguiram colocar seus projetos em prática. Eu tenho dois muito claros em mente que é publicar alguns escritos meu e uns sons de minha autoria e não só acompanhando outros artistas.

Façamos o ano de 2014 valer. Só depende de nós mesmo não é? É apenas o que eu acho...

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

DesConto de Natal

  • (imagem retirada da internet)

  • A minha lembrança mais remota? Um monte de crianças ao meu redor, assim como eu. Pessoas que hoje eu sequer saberia dizer onde estão, ou mesmo se estão vivas. A primeira pessoa que de fato me recordo é a Dona Ruth. A gente chamava de Dona Rude mesmo e me lembro dela escancarando aqueles dentes pra mim por alguma coisa que eu tivesse feito de errado. Confesso que não achava ruim. Talvez fosse o dito referencial. Eu só fui ficar realmente triste já na escola com a primeira reunião de pais e filhos. Nem a Dona Rude foi. Mandaram uma estagiária lá. Tentei fingir a mesma alegria dos meninos, mas não ensinaram o fingimento para a estagiária. Dali para frente, percebi a falta que o que eu não conhecia, me fazia.
    Entrar na adolescência com esse rombo espiritual foi difícil e notei que ele causava uma outra falta de suporte. O financeiro. Várias foram as ocasiões em que não pude participar de alguma coisa por que não tinha quem pagasse a minha cota. Eu meio que não ia percebendo o quanto isso era ruim, mas devia ser a minha defesa na época. Pelo menos, logo percebi que de dinheiro dava para correr atrás e depois de ser descartado por algumas mocinhas da época por algo que enxerguei como sendo a falta de dinheiro e então, corri ainda mais. Resultado? Trabalhei feito um alucinado, feito alguém que não tinha família (afinal, eu não tinha mesmo) e consegui fazer tanto dinheiro que não tenho nem como gastar.
    Como nunca tive família e por muito tempo, não tive dinheiro, eu era simplesmente descartado de qualquer convívio social e foi isso que as pessoas me ensinaram. De uma forma errada, que não me preenche, mas foi. Eu simplesmente não sei o que fazer com as pessoas. Eu só tratava bem os meus superiores por onde trabalhei e depois que eu cheguei no topo, me senti isolado. As pessoas também não esperam simpatia de minha pessoa. Que eu me desvie 2 minutos que seja para conversar sobre algo corriqueiro. Confesso que até tentei por algumas vezes, mas as pessoas pareciam estranhar demais. Uma vez no banheiro, escutei um funcionário falando para outro que eu só podia querer algo, ou estar tramando alguma coisa para ter sido tão simpático com ele. Fiquei alguns minutos a mais no banheiro, triste, escondido, até ter a certeza que eles já tivessem saído.
    É por isso que eu gosto do natal. Existe essa data socialmente aceita para que eu possa abraçar e sorrir todo mundo. O porteiro do prédio, os funcionários na festa que faço questão de pagar por tudo para que eles possam sentir o quanto gosto deles. Sei lá se gosto deles, ou busco a mim mesmo na aceitação deles. Eu sei que eles são amigos uns dos outros, saem juntos, vão aos botecos juntos. Eles passam o período longe daqui juntos. Essas redes sociais servem para que eu possa ver eles todos juntos em um carnaval sei lá onde. Eu tento me enganar mostrando fotos minha na Estátua da Liberdade, Torre Eiffel ou coisas do tipo. Fotos sempre só onde peço para um desconhecido tirar a foto, onde finjo o mais belo sorriso que a estagiária do orfanato deveria ter feito e volto para casa por vezes praticamente sem ter falado com ninguém. Não sei se bebo para esquecer ou para conversar com o garçom…
    Bom, deixa eu correr aqui por que o dia de natal são sempre dois não é? Vou abraçar mais pessoas e sorrir. Para finalizar a noite, eu vou doar mantimentos aos moradores de rua e nem fico alardeando por causa disso. Conheço pessoas que doam cem reais para uma instituição de caridade e sai no jornal do bairro, redes sociais, o carrinha do mercado comenta. Eu não ligo para isso. Eu só quero um abraço, ainda que ele seja só hoje. Amanhã, eu não tenho mais permissão para ser simpático...




domingo, 1 de dezembro de 2013

Clube da Luluzinha (ou do aplicativo)



Eu como músico, não dou voto absoluto para boas notas. Eu que sou professor, sei que não é pelas notas que se julga um aluno. Eu que sou homem, nunca julguei mulher alguma pelo aplicativo masculino mais antigo que conheço que são as mesas de bares...

Novos tempos? A mulher alcançou a almejada igualdade com os homens em suas mesquinhez? Hum... vamos continuar discorrendo sobre apenas o que eu acho. Eu que sou crítico de cinema não deixo de ver um filme por que li uma má crítica. Mais, eu já gostei de discos (como o ironicamente falando) Lulu do Metallica com Lou Reed.

Deixa eu pensar invertida (e por que não divertidamente) sobre o caso. Eu gostaria de uma garota nota 10? Na boa, o que na vida é realmente nota 10? 9? O que torna um 9? Ela tem que ser linda, cozinhar, passar para mim, entender que eu quero ver futebol, entender que eu quero sair com amigos, entender que eu quero beber, entender que eu estou bêbado, entender um monte de outras coisas, ser boa de cama pra caramba e não ter do que reclamar? 8? Com 8 eu reclamaria de que?

As coisas que eu acho... quem manda bem em tudo o tempo inteiro? Eu mando longe do 10 em muitos aspectos. Sendo assim, com a máxima de que o importante é ser feliz, ter uma companheira passando do 7 já não é bom demais? Pensando em 7 como uma média, eu vou te dizer que 7,5 é bom demais...
Mas a tal Lulu vai derrubar sua moral com um 7 não? E nossas indefectíveis mocinhas parecem que estão querendo investimento sem riscos. Mas esse investimento me parece como uma poupança. Investimento sem muito risco tem um retorno muito baixo. Eu quero logo investir na bolsa de ações e correr riscos. Quebrar a cara aqui e ali de novo, afinal, já quebrei algumas, mas em compensação quando se acerta, os ganhos são fantásticos. 

Lulu me parece fofoca de banheiro, ampliado infinitamente pela internet e pelo anonimato de quem da nota e dicas. O seu anonimato por si só, pode fazer com que alguém ressentida possa entrar e detonar alguém? Bom a jamaicana Alexandra Chong: "Criamos Lulu para encorajar garotas a falar e tomar decisões inteligentes em tópicos que abordam relacionamentos, beleza e saúde." 

Bom, um aplicativo para escolherem por você?

Cuidado little girl. Criadoras e usuárias do Lulu podem responder na Justiça por injúria (pena de um a seis meses de detenção) e difamação (três meses a um ano de detenção, além de pena pecuniária). Luis Felipe Freire é presidente da Comissão de Direito Eletrônico e Crimes Eletrônicos da OAB, que diz que crime cometido na internet é passível de localização, apesar das participações serem anônimas, e quem está avaliando pode ser responsabilizada, se os comentários forem injuriosos.

Pode ser que eu seja old school demais... mas eu prefiro encontrar uma nota 7 e pintar...



P.S.: Todo mundo já errou na vida em algum aspecto? Erremos, melhoremos como ser humano e vivamos...

sábado, 23 de novembro de 2013

Eu to voltando para casa!

Ando afastado daqui por que as pessoas mudam, as cabeças mudam e o transbordamento da vida on line tem me sufocado um pouco. Vou voltar a escrever mais. Talvez de uma forma diferente, mas sempre achando que o que eu acho é apenas o que eu acho...

Por hoje, não tenho muitas palavras, apenas um vídeo que expressa bem o sentimento do qual tem me mantido um pouco afastado...

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Preciso escrever




Preciso escrever.

Preciso nada. Precisa-se respirar, comer e dormir apenas. O resto é complemento. Entrei na internet e comprei uma passagem rumo aquela garota desconhecida. Precisava conhecer a desconhecida, mas explicar que estava indo conhecer uma amiga era modernidade demais para a cabeça da dona Laura.
– E vai fazer o que no Espírito Santo meu filho?
– Ah mãe, é uma palestra aí do Vladimir Safatle falando dessas manifestações que estão ocorrendo no Brasil e no mundo.
O jeito agora era torcer para minha mãe não procurar informações sobre o evento que inventei. Devia ter inventado um nome também de um possível filósofo. E se ela me perguntar de fotos? Se eu filmei algo? Ah não…o livro… se ela me pede para ele autografar o livro? É, a mentira tem pernas curtas…
– Quando viaja meu filho?
– Hoje à noite.
– Mas já?
– Sim, a palestra é amanhã de manhã. Daí passo o final de semana para pegar uma praia, mas domingo no final do dia já estou aqui. Segunda trabalho né?

Fez questão de se esvair o mais rápido que pudesse do local para não ter que se enrolar com mais perguntas. Na verdade tentou começar a fazer a mala, mas a presença de sua mãe rondando o quarto me fez ir ao cinema rapidamente. Isso tirava as perguntas da mãe de minha órbita, mas me esmagava contra o relógio. Ia chegar em casa com o tempo suficiente para aprontar as coisas e partir. O filme era um francês fora do esquema Hollywood bem legal do qual não vou me recordar o nome daqui alguns meses. Vou lembrar que tinha músicas do Gainsbourg e do Jacques Dutronc.
Chegou em casa e a primeira coisa que encontrou em cima da cama foi o livro. – Me ferrei – pensei.
Meu pai aparece perguntando da viagem. – Vou ver o Alfredo – não querendo me enroscar mais ainda com a palestra inventada.
– Sua mãe disse que ia ver uma palestra do Safatle.
– Vou, mas é por que como ele está morando em Vitória, eu o verei também – Realmente eu sou burro. Fujo de uma mentira com outra é aumentar a mentira…

Fingi esquecer o livro, mas a mãe fez questão de me entregar ele na saída de casa, enquanto o pai me pede para perguntar para o pai do Alfredo quando ele viria por São Paulo… era bom não inventar mais nada…
Algumas horas de viagem. Precisava escrever e estava ali. A cabeça pensando. Uma leve expectativa sobre se valeria a pena. Um pequeno desconforto ao primeiro contato visual, mas o abraço foi tão caloroso que senti que não me arrependeria. Fiz questão de não ter pressa e por isso talvez tudo tenha sido tão veloz, mas havia momentos infinitos dentro dessa vertiginosidade e pensava por que ela e não tantas outras em minha cidade. Ela era de cara um problema geográfico. Muitos outros problemas haveriam de aparecer, mas a conclusão que chegou foi bem clichê, era ela por que era ela, por que pareciam dispostos a sermo-nos. Respostas fracas demais para quem saiu de casa dizendo que ia para um encontro filosófico. Químico no máximo. Físico, ou uma nova educação física durante as horas que passaram juntos? História de uma geografia que minaria minha matemática, mas enfim, voltava para casa naquele ônibus ouvindo Gainsbourg e Dutronc. Acho que por causa do filme. O livro, diria que tinha esquecido com o pai do Alfredo que estaria em São Paulo daqui 45 dias. Missão agora era encontrar Safatle em 45 dias para que ele autografasse o livro. Sobre o pai do Alfredo, foi via internet a observação. A questão que se passava em minha cabeça era como imaginar, tendo um dia de trabalho pela frente, um roteiro de um clipe que descrevesse as novas formas de relacionamento vindo da internet?

Quando enfim chego em casa, explico tudo aos meus pais e finalmente me deito, a insônia me perturba. Não tinha de onde e como tirar o roteiro.  O desespero começou a bater por volta da meia-noite. Se levantou, fez café, deitou novamente tentando imaginar algo e 5:07h dei-me por vencido. Teria que reconhecer na reunião que não fui capaz de pensar em algo. Tudo por que fui conhecer uma garota… fui conhecer uma garota? – Meu Deus, eu fui viver o roteiro – por algum motivo, desses que só quem se arrisca na vida, dei uma pausa quando precisava escrever justamente por que não tinha o caminho, mas agora? Levantei quase de um pulo.

Preciso escrever…

terça-feira, 23 de julho de 2013

Arnaldo falou...


O momento de uma crise política profunda que já supera o Diretas Já ou o Fora Collor, é um momento que precisamos estar atentos a tudo o que lemos. Mesmo nas matérias mais inocentes ou deslocadas dos atuais temas relacionados as manifestações. 

Sem muito blá blá blá, vai o link abaixo de uma matéria feita com o baterista Marian Sarine e na sequência um print postado em rede social sobre a sua impressão do que foi publicado: http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2013/07/1313273-da-para-viver-com-r-500-por-mes-em-sp-diz-baterista-vendedor-de-alfajor-vegano.shtml




    • Demétrius Carvalho

      Você se sentiu usado ou enganado com a matéria?
    • Marian Sarine

      Na verdade, o tom geral das minhas respostas não foi alterado. O que me incomodou foram os trechos selecionados, além da tentativa de enbranquificação que rolou
    • Demétrius Carvalho

      Entendi. Posso usar isso para ilustrar o seu sentimento?
    • Marian Sarine

      Ah, creio que sim. Eu acho que rolou uma elitização do meu discurso. Não quero fazer apologia ao capital e dizer que dá pra viver de boa com 500 conto, ainda mais em São Paulo

Abrir o olho nesse momento é vital. Informação é poder. Manipular informação é manipular... chegue as suas próprias conclusões...


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Me responda você!


Todo mundo no  Brasil é metido a entender tudo. Todo mundo sabe o que fazer quando seu time não está bem. A sua religião sempre é a melhor. Na política então, só a Dilma não sabe o que fazer não é mesmo? Só que não, como diria a geração Hashtag. A presidenta (ou mesmo presidente) Dilma acaba de se pronunciar para um "seleto" público de 3000 prefeitos. O que aconteceu? Ela foi vaiada. 

Quando ela foi vaiada em estádio de futebol, grande parcela da população achou um absurdo (uma coisa bem vândala), mas o que dizer de prefeitos? Peças do mesmo esquema dela? Aí está para quem ainda não viu.


Algumas questões me chamaram a atenção. Em primeiro lugar, o rosto de uma presidente cansada e alguns segundos onde ela visivelmente não sabe mais o que falar. Teoricamente ali, ela deveria ter apoio, mas não, pularam do barco e a deixaram navegando sozinha. Existe sim uma parcela que ao fim tenta aplaudir, mas elas fazem parte de outra constatação. Escolheu-se um lado e torce-se para ganhar ou perder como se fosse um jogo de futebol.

Eu prefiro mil vezes estar errado e as coisas correrem bem do que o contrário. Não quero ver o circo pegar fogo e bater no peito para dizer que eu estava errado. Eu não consigo (ou acho mesquinho demais entender isso). Me responda você qual a vantagem em tudo dar errado no Brasil para você ter a opinião acertada?

Sou da corrente que acredita no que o filósofo polonês Zigmund Bauman prega: Estamos em um período de colapso do sistema. Ele já ruiu, a questão é que ninguém sabe ainda qual o caminho.

Não seria a hora das pessoas pararem de agir como estivessem torcendo por um time e tentassem fazer algo em prol do todo? Viagem? Utopia? Me responda você!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Du Carvalho







Idéia original: Demétrius Carvalho
Arte: Juliane Barone - ilustradora que gosta de jogar, música, escrever e dormir (se der tempo) nas horas vagas. Seus desenhos possuem página no Facebook: www.facebook.com/AneDoesArt





















sexta-feira, 21 de junho de 2013

Ciclo vicioso



A direita colocando a culpa na esquerda colocando a culpa na direita colocando a culpa na esquerda colocando.... entendeu né? Ciclo vicioso.

Infelizmente tenho visto um fundamentalismo tanto da direita quanto da esquerda, mas em pleno século XXI, vamos esperar mesmo um Sassá Mutema?

E o monte de termos que tenho ouvido falar sem ter a certeza de que se sabe do que estão falando? PEC's 33 e 37, fascista, reacionário e outros tantos. Não que eu saiba tudo, muito pelo contrário. Estou levando uma surra para entender e tem coisas que eu ainda não me defini sobre o que seria melhor, mas de uma coisa eu tenho certeza. Nossa sociedade é extremamente mais xenófoba do que 20 anos atrás. Nosso tempo politicamente correto já não nos permite fazer piada contra qualquer facção humanitária, mas de ideologias que acreditamos, daí podemos simplesmente ter a certeza de que o outro está errado?

Vamos lá, da tempo de você sair dessa página, afinal se você quer certezas, eu não as tenho. O nome do blog já diz isso. Eu parto do pressuposto que eu não sei de tudo, mas me incomoda como todo mundo sabe de tudo e então vamos lá.

Direitistas colocam culpa em Dilma e Lula por tudo. Os esquerdistas juram de pé juntos que alguns petistas do mensalão foram bodes expiatórios e o time de FHC, Alckmin, Serra e etc.

NA BOA? A população na rua não está na rua pela direita ou pela esquerda e sim por mera insatisfação partidária. Não política. PARTIDÁRIA. O jogo já virou de lá pra cá e nada. O esquema é viciado e se arrasta por décadas sem uma solução.

Então começa um outro pensamento xenófobo. Se você não tem partido, está servindo de massa de manobra para um golpe. Sério mesmo? Que tal estudar o caso da Islândia por exemplo? Ótimo link aqui: http://brasiledesenvolvimento.wordpress.com/2012/01/18/a-resposta-da-islandia-a-crise-a-invencao-democratica/

Que tal a opinião do filósofo Vladimir Safatle falando dessas certezas todas e do quanto se erra, da insatisfação sobre o sistema político e a busca de novas alternativas? http://www.cpflcultura.com.br/2012/10/26/vladimir-safatle-quando-novos-sujeitos-politicos-sobem-a-cena/

Seriam tantos, mas tantos vídeos e links que eu poderia colocar aqui que não sei se seria efetivo. Não nos basta ler. Temos que agir. Uma coisa aconteceu ao menos com tudo isso. Fala-se em política como nunca se falou nesse país, mas é necessário sair da superficialidade e se aprofundar para entender o que se pode fazer. Ainda mais, saltar desse ciclo e tentar encontrar outra saída do que apenas ficar repetindo a história...

O que eu acho, é apenas o que eu acho, mas ao menos tento entender para achar por mim. Acho que parar de repostar coisas sem saber o que se fala e a fonte, seria um bom começo.

Para finalizar, um link de Ricardo Boechat sobre a população na rua e o lembrete que sempre foi assim. A população massacrada de qualquer lugar do mundo vai derrubar os que o oprimem quando assim puder: http://bandnewsfm.band.uol.com.br/Noticia.aspx?COD=669727&Tipo=227

Retratando a imagem inicial, direita e esquerda não depende de alguns referencias e um pode ser outro em dada circunstância?

domingo, 26 de maio de 2013

É preciso ser belo?

Vez por outra aparece um músico, banda que com uma música só, desponta do anonimato, mas bem de vez em quando, a música é ainda maior que o compositor ou intérprete. É o caso de "Wicked Game" em sua versão definitiva, mas eis que surge Pipilotti Rist com uma versão completamente descomprometida com a pretensão de ser uma versão superior. Muito pelo contrário. Minha mãe odiaria essa versão que parece apenas querer desconsertar o ouvinte. Sim, afinal de contas, arte também serve para questionar o belo. 

Pipilotti Rist nasceu na Suiça em 62 e então não podemos falar que temos uma aventureira se jogando em um terreno de forma impensada. Ela provavelmente sabe que sua versão pode ser mais odiada do que admirada, mas vai saber se ela também não sabe que pode despertar a curiosidade sobre o resto de seu trabalho  que vem originalmente das artes visuais...



quinta-feira, 25 de abril de 2013

Da alma...

Pare para pensar nos discos mais conhecidos do Reh Hot Chili Peppers. Não interessa que no meio de tais discos existam discos como "One hot minute". A questão é, sem John Frusciante ferindo as 6 cordas, O Red Hot nunca decolou. Dave Navarro é sem sombra de dúvida, do ponto de vista técnico, superior à John, mas a história está aí para provar que se Kids é a voz, Flea e Chad são o coração e o vigor da alma, Frusciante é a alma...



Partindo para carreira solo (e não a primeira vez), as músicas soam menos vigorosas, mas não menos inquietante. A música em questão por exemplo tem mais de dez anos e de um ponto de vista é até tosca. Simples imagens em loop à exaustão. Imagens que nos causam um desconforto inicial, mas que retratam bem o que esse guitarrista sabe fazer, chacoalhar a alma de quem o ouve. o clipe abaixo foi assistida tantas vezes por mim que sabia anos atrás quantas vezes uma determinada cena era repetida. A questão é que esses detalhes técnicos , quanto a sua própria execução ficam em segundo plano quando escuto-o tocar. Sua alma é escancarada ainda mais em seu trabalho, afinal, a cara e a voz imprimida também é a dele. O corpo e o coração parece titubear sobre que caminho tomar, mas se pudéssemos medir o tamanho dessa alma, eu teria que escrever ainda mais por muito e muito tempo...


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Richie Havens

Nos deixa...72 anos e seu violão e voz se calam. Ficou conhecido por uma emblemática apresentação no festival Woodstock em 1969. Cantava uma vigorosa versão de Freedom. Um jeito absurdamente peculiar de tocar o seu violão. E sua voz? Seu timbre? Também único e peculiar.

Ele era a simplicidade e a densidade ao mesmo tempo. Bastava ele, sua voz e seu violão para nos arrebatar. Nunca chegou perto do reconhecimento de mega bandas, não enchia estádios, não arrastava multidões, mas quando tocava uma alma, ela era realmente sacudida em seu âmago.

Confesso que quis pegar a versão de Freedom no Woodstock, mas ele ainda precisa ser reconhecido. Aqui vai uma versão de muita beleza musical. Uma interpretação cheia de nuances de dinâmica. Que aula...e o polegar por cima do violão? Como explicar para os meus alunos que ele podia?


sexta-feira, 19 de abril de 2013

God Is Dead?


Vale a ressalva que não sou jornalista e o que escrevo "é apenas o que eu acho", mas vamos lá: Não se trata como escutei por aí que é o primeiro disco com a formação original desde 1978. Bill Ward disse que não foi capaz de chegar a um acordo e as baquetas ficaram por conta de Brad Wilk (Rage Against the Machine).

O baterista, mais o simpático trio de sessentões do metal (sim, eles eram a banda mais pesada da terra quando surgiram) com Ozzy, Iommi e Butler.


Como sempre, as opiniões das pessoas tendem a ser totalmente a favor, ou totalmente contra. Já ouvi gente dizendo que é sensacional e gente dizendo que o batera é completamente sem pegada (o mesmo que espanca a bateria ao vivo com o RATM).

Minha impressão? Vamos lá, a canção tem 9 minutos e não socaram o formato de 3 minutos para a rádio goela a baixo nos ouvintes. A timbragem me soa um pouco diferente, mas, natural, enfim, são 35 anos desde a última aparição do trio de ferro. A introdução me deixou suspenso no ar esperando o Mister Madman ecoar sua voz. São exatos 1'15 para que ela apareça e que alegria ao ouvir aquele inconfundível timbre. Me senti um garoto de 17 anos novamente ouvindo Iron Man. Mas confesso que esperava mais pressão, mais voz, mais potência, mais berro do sr. Osbourne. Pode ser apenas por que era o que queriam dessa música. Esperemos o restante do disco...

No final das contas, tem-se uma boa música, mas a expectativa gerada pode destruir tudo. Tem uma horinha que parece mais com a carreira solo de Ozzy...Pensei, pensei e repensei. Mesmo que não seja uma música que entre no top 10 da própria banda, é muito melhor do que toda a média do que se faz hoje em dia e pelo menos estamos falando com os deuses do heavy metal.

Escute God is Dead? e peça a benção ao papado...

Ah... em outubro tem culto no Brasil pela primeira vez e eu não vou perder a chance...

Amém


domingo, 17 de fevereiro de 2013




 "É muito melhor um homem ir erradamente para a liberdade do que ir acertadamente para os grilhões"



Thomas H. Huxley 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Horizonte


Já não sei mais o que é mar ou o que é céu
Já não sei o que é meu ou o que é seu
Já não sei o que é você ou o que sou eu

Eu só sei onde me doeu
E o Horizonte é apenas um capricho
Meu e teu...