Paulo Caruso é uma figura ímpar. Quem vive de cartoon que você conheça? Quem ainda tem um irmão gêmeo? E quem tem um irmão gêmeo (Chico Caruso) que tem a mesma profissão? No entanto, assim como acontece com os grandes mestres, sejam eles de que área for, a humildade permeia seu caminho como pode ser visto no bate-papo abaixo:
DC- Existe outro artista no mundo que tem um trabalho de caricaturar pessoas ao vivo em um programa de televisão ou podemos dizer que você tem um emprego único no mundo?
PC- E eu sei lá? Já participei de encontros de artistas que faziam o mesmo que eu no Roda Viva durante os encontros, então deduzo que não sou o único. Aqui no Brasil tenho alguns discípulos como Ricardo Soares em Sampa e Dino Alves no Piauí...
DC- E qual a sensação desse trabalho?
PC- A sensação que eu tenho é que eu me divirto enquanto todo mundo fala sério...
DC- Você também toca violão, compõe e apresentsa programa de jazz na rádio. Embora multi-tarefado, tudo caminha pelas artes. Possui algum talento escondido do grande público?
PC- Um talento escondido de mim mesmo. GANHAR DINHEIRO E ADMINISTRAR BEM O QUE FOI GANHO! Meu pai era comerciante e acho que nosso conflito de gerações foi por esse lado. Não tenho o menor talento para isso.
DC- O Brasil carece de incentivos no meio cultural. Como foi o seu processo e como acha que isso poderia ser trabalhado na educação infantil?
PC- O desenho é sedutor sobre as crianças. É questão de estimular o contato com a arte e trabalhar com essa formação na linguagem das crianças. Eu comecei com desenhos animados na tv. Tentava copiá-los, depois vieram as revistas em quadrinhos. Meu avô materno era um pintor amador e nos incentivava, a mim e a meu irmão com blocos e mais blocos de papel. Aos poucos o que era uma diversão foi se transformando em profissão...
DC- Você se censura sobre determinadas charges que possa ter feito? Ou ainda, essa censura interior te faz ir até determinado ponto apenas?
PC- Sim, em alguns casos tenho que resistir à tentação de ser mais agressivo. Tento me policiar para não cometer indelicadezas ou injustiças com meu humor. Como exemplo, em um dos programas com o Jô Soares, ele contou o episódio da mãe, atropelada por um táxi e que ele, Jô, pega quando chega na porta de casa, o taxista em prantos pede desculpas por tê-la atropelado. Pensei em fazer o desenho dela indo para o céu de táxi e o Jô correndo, chorando e gritando: "Mãe!!!" Logo achei maldosa a brincadeira com fato tão dramático a ele e desisti de desenhar isso.
DC- Alguns artistas, comediantes, chargistas, são acusados de passar do ponto em suas intervenções artísticas. Alguns inclusive aparecem por causa disso. O que pensa sobre?
PC- Acho que é uma arma de "dois legumes", como a grossura do Rafinhas Bastos. Mereceu um desenho meu que a Época recusou publicar, mas a Brasileiros deu na capa. Acho que querendo aparecera qualquer custo, eles estão se colocando em risco, estimulandos pelo sadomasoquismo da própria audiência...
DC- Que nomes te inspiram, ou mesmo outras possíveis artes compõe o artista Paulo Caruso?
PC- Meus mestres foram os da minha geração: Ziraldo, Fortuna, Claidius, Millôr, Jaguar e Henfil, seguido dos estrangeiros Sempé, Sabat, Crumb, além é claro dos "Van Gohgs e Lautrecs" da vida...
DC- Você sempre pensou em ser artista ou outras profissões eram opções em sua juventude?
PC- Eu queria ser o Ziraldo. Acabei virando eu mesmo.
DC- Qual caricatura faria de si mesmo?
DC- Existe outro artista no mundo que tem um trabalho de caricaturar pessoas ao vivo em um programa de televisão ou podemos dizer que você tem um emprego único no mundo?
PC- E eu sei lá? Já participei de encontros de artistas que faziam o mesmo que eu no Roda Viva durante os encontros, então deduzo que não sou o único. Aqui no Brasil tenho alguns discípulos como Ricardo Soares em Sampa e Dino Alves no Piauí...
DC- E qual a sensação desse trabalho?
PC- A sensação que eu tenho é que eu me divirto enquanto todo mundo fala sério...
DC- Você também toca violão, compõe e apresentsa programa de jazz na rádio. Embora multi-tarefado, tudo caminha pelas artes. Possui algum talento escondido do grande público?
PC- Um talento escondido de mim mesmo. GANHAR DINHEIRO E ADMINISTRAR BEM O QUE FOI GANHO! Meu pai era comerciante e acho que nosso conflito de gerações foi por esse lado. Não tenho o menor talento para isso.
DC- O Brasil carece de incentivos no meio cultural. Como foi o seu processo e como acha que isso poderia ser trabalhado na educação infantil?
PC- O desenho é sedutor sobre as crianças. É questão de estimular o contato com a arte e trabalhar com essa formação na linguagem das crianças. Eu comecei com desenhos animados na tv. Tentava copiá-los, depois vieram as revistas em quadrinhos. Meu avô materno era um pintor amador e nos incentivava, a mim e a meu irmão com blocos e mais blocos de papel. Aos poucos o que era uma diversão foi se transformando em profissão...
DC- Você se censura sobre determinadas charges que possa ter feito? Ou ainda, essa censura interior te faz ir até determinado ponto apenas?
PC- Sim, em alguns casos tenho que resistir à tentação de ser mais agressivo. Tento me policiar para não cometer indelicadezas ou injustiças com meu humor. Como exemplo, em um dos programas com o Jô Soares, ele contou o episódio da mãe, atropelada por um táxi e que ele, Jô, pega quando chega na porta de casa, o taxista em prantos pede desculpas por tê-la atropelado. Pensei em fazer o desenho dela indo para o céu de táxi e o Jô correndo, chorando e gritando: "Mãe!!!" Logo achei maldosa a brincadeira com fato tão dramático a ele e desisti de desenhar isso.
DC- Alguns artistas, comediantes, chargistas, são acusados de passar do ponto em suas intervenções artísticas. Alguns inclusive aparecem por causa disso. O que pensa sobre?
PC- Acho que é uma arma de "dois legumes", como a grossura do Rafinhas Bastos. Mereceu um desenho meu que a Época recusou publicar, mas a Brasileiros deu na capa. Acho que querendo aparecera qualquer custo, eles estão se colocando em risco, estimulandos pelo sadomasoquismo da própria audiência...
DC- Que nomes te inspiram, ou mesmo outras possíveis artes compõe o artista Paulo Caruso?
PC- Meus mestres foram os da minha geração: Ziraldo, Fortuna, Claidius, Millôr, Jaguar e Henfil, seguido dos estrangeiros Sempé, Sabat, Crumb, além é claro dos "Van Gohgs e Lautrecs" da vida...
DC- Você sempre pensou em ser artista ou outras profissões eram opções em sua juventude?
PC- Eu queria ser o Ziraldo. Acabei virando eu mesmo.
DC- Qual caricatura faria de si mesmo?