Trent Reznor no piano e Jerome Dillon no violão. Uma canção simples sem maiores virtuosismo nos instrumentos, mas o vocalista do Nine inch Nails despeja sentimento em sua interpretação
sábado, 20 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Purgatório
13 dias se passaram. Simplesmente nasci, mas depois de uma década, teve apenas uma parcela do que pudesse ser, apenas para que tivesse forças suficiente em esperar por mais uma década que fosse...
Por certo que muitas coisas desconhece. A sapiência é algo a se interpretar. Não existe uma única solução, mas conceitos foram quebrados em sua mente. Coincidências tornaram-se padrões. As respostas vindas do outro lado eram espantosas. Simplesmente sabia-se as respostas, mas as vezes, sabia-se mesmo as perguntas.
Assim era o jogo a ser jogado. Não havia outra alternativa (embora houvesse sempre outras, entendia como quem olha a si mesmo). Pegou sua mochila, surrada, velha, gasta, mas cheia de vida e de história e juntou os cacos. Havia também um livro no qual sabia que tratava-se de si. Existia ali também lágrimas, angústia e esperança. Uma chave lhe foi dada. Uma chave especial que seria capaz de abrir tudo quando se empontassem novamente. Sabia que em outra mochila havia exatamente os mesmos elementos, apenas a chave foi trocada por um par de meias enfeitiçado por cacos dos dois. Essa meia só precisava ser usada com certa frequência. Ela tem o poder de fazer com que os passos dados os aproximem.
Agora é voltar para o purgatório e manter-me sobrevoando, esperando o sinal, mas está realmente difícil...
sábado, 13 de outubro de 2012
216
Estava acostumado a olhar o lado bom das coisas. Ruim como fosse uma situação, tinha como ter um olhar positivo sobre o ocorrido. Era simplesmente uma forma de enxergar o mundo e não reclamar das coisas, mas depois daquela tarde, ele simplesmente soube que dava para olhar o lado ruim de uma coisa boa.
Sim... o cheiro dela se foi com o banho...
Estava quente. bem quente. Mais do que ele era capaz de suportar e um banho em uma situação dessa era mais do que bem vindo, mas querendo ou não, já havia sentido essa sensação inúmeras vezes, já aquela textura impregnada em sua pele com aroma de desejo era novo. Era a sapiência que havia um patamar acima de sua vida que ele nunca havia experimentado.
Sua vida parecia resolvida, o trabalho ia bem. O casamento ia bem, afinal depois de uns anos parecia normal apenas achar que está tudo bem. Não havia problemas ou brigas. Só era morno e não ser ruim era bom. Era...
O dilema agora era: fingir que nada aconteceu e seguir? E se simplesmente ele não coubesse mais dentro de si?
Ele que tinha trinta e... quer dizer... 216 horas de vida. Acabara de concluir que nascera a 216 horas. Sua filha de oito anos era simplesmente mais velha do que ele. O de cinco também. Mesmo aquele pequeno filhote de 4 patas que ele afagou ao entrar no banho era mais velho do que ele. Todos mais velhos e experientes...
Isso tudo por que 9 dias atrás o seu carro foi para a oficina e ele teve que ir trabalhar de metrô. Ele realmente tentou desviar o olhar da garota que sentava-se a sua frente. Ana Helena apareceu com apenas uma função em sua vida: calar a boca dele que dizia que nunca ia sair de sua zona de conforto.
216 horas atrás, ele tinha certeza disso, mas 216 minutos atrás, ele soube que o seu corpo sabia todos os caminhos do corpo dela (ou seria o dela que sabia o dele?) Era como se sempre estivessem juntos. Era uma sincronicidade que o deixava perplexo e ele percebesse que o antes não tinha importância. Apenas as 216 horas...
O banho?
Sim... o cheiro dela se foi com o banho...
sábado, 6 de outubro de 2012
Torpor
Se por doença ou induzido, eu não sei
Só sei que uma hora desperta-se deles
Saber se era torpor ou torpores...
No despertar do torpor, fervor
Vai-se o langor, chega o tremor
Antes um gestor para te propor
Sou apenas um cantor para compor
Um rufar de tambor ao seu dispor
Antes um clamor sem rancor
Antes o amor a essa dor
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