quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Diversidade


Beatles, Madonna ou Michael Jackson definitivamente são "seres de grandiosidade" de um tempo onde as gravações eram possíveis apenas pelas mãos de grandes gravadoras. Nesses tempos, elas pinçavam as bandas e as produziam. Se por um lado a tecnologia tornou viável a viabilização do registro de diversas bandas e a internet tem o poder de rapidamente dissipar esses trabalhos, caímos em um outro problema. Se na década de 60 você gostasse de um determinado estilo, tinha uma gama de 5 ou 6 artistas para escolher o seu preferido. Hoje você tem milhares e esses milhares de artistas tornam-se então uma agulha no palheiro. Destacar-se hoje é uma tarefa deveras complicada se você quer vender apenas a sua arte. A grandiosa maioria dos trabalhos que "estouram" apelam para um humor popularesco ou mesmo com uma eroticidade aflorada.


Kid Vinil deu-nos sua impressão de festivais que acontecem no Brasil como o Cena Musical Independente que aconteceu nos últimos dias 5 e 6 de dezembro.


Demétrius Carvalho: Qual a importância de festivais como esse?
Kid Vinil: Já viagei o Brasil inteiro,festivais como Demo Sul, Goiânia noise, Vaca Amarela, Bananada e São Paulo não possui essa tradição. Nesses outros locais, os festivais acontecem sempre na mesma época, a galera prestigia, existem apoios e você conhece muita coisa boa. O Cena Musical Independente tem abrido o leque para São Paulo que deveria ter mais festivais pela quantidade de bandas e poucos espaços para tocar.


D.C.: Você acredita que a diversidade de bandas em São Paulo, nesse aspecto acaba sendo um fator desfavorável para a disseminação do trabalho dessas bandas?
K.V.: Em partes, São Paulo é muito grande de fato e tudo desagua em São Paulo. Todo tipo de música, sendo popular ou não, mas independente disso, nas outras cidades existe uma cena com pessoas organizadas e que fazem as coisas acontecerem. Aqui falta um pouco disso.Se você pega cidades como Nova York ou mesmo Londres, as coisas são diferentes. No Brooklin por exemplo, existem pessoas comprometidas para que tudo ande.


D.C.: Você veio ver alguém especificamente nesse festival e quais as dicas que você deixa para essas bandas?
K.V.: Primeiro eu fui convidado para apresentar e não fiz parte da comissão de seleção das bandas para o festival, mas eram pessoas todas muito competentes. Já gosto de Macaco Bong, Pélico vi pela primeira vez, mas já conhecia o material. Moxine e Juliana R. já conhecia por que hoje você conhece muita coisa pelo myspace. Tem as coisas que te recomendam como foi o caso da Juliana R. pelo Lúcio Ribeiro. Gostei demais do Jalapeño também e é muito legal por que você acaba conhecendo e descobrindo coisas maravilhosas nesses festivais.


D.C.: E para finalizar, como saber o que Kid Vinil anda aprontando?
K.V.: Tenho produzido bastante. Você pode achar no portal da MTV, Poodcast, uma banda para me divertir chamada Kid Vinil Experience que vai lançar um cd de covers no ano que vem e tem feito umas festas por aí onde ataco como dj, apresento e tenho sido bastante multimídia.








Para finalizar, minha opinião que hoje em dia a diversidade transita muito bem nos meios culturais, mas vale lembrar....




Isso é apenas o que eu acho!!!

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