Tudo é preconceito e entendo isso muito bem por que sou ser humano e tenho que aparar sempre as arestas do preconceito quando esse surge em minha vida. Esse preconceito pode ser meramente sutil e beirando o imperceptível como chamar um grupo de amigos para frequentar um restaurante onde alguém com menos condições não possa ir. Exclui-se alguém com toda a classe do mundo. No livro "A lei do triunfo"de Napoleon Hill, ele diz que o ser humano não vence mais o próximo pela força física, mas pela conta bancária. Isso é o que parece estar acontecendo para a maioria das pessoas com a polêmica do metrô em Higienópolis. Vale ressaltas aos manifestantes que expressaram preconceito contra os judeus moradores do bairro, que isso é tão preconceituoso quanto aqueles que assinaram a petição contra o metrô.
Com mais de 55 mil pessoas confirmando presença ao "Churrascão da gente diferenciada", conseguiu-se que o Ministério Público investigasse as intenções por trás do cancelamento da estação de metrô na Avenida Angélica e até um pronunciamento oficial do governador Geraldo Alckmin. Os moradores de Higienópolis estão tensos com a repercussão e podem ter criado uma situação semelhante ao ocorrido no shopping Frei Caneca e o preconceito contra homossexuais. O local passou a ser referência da liberdade de expressão. Imaginem se essa concentração se torna um encontro semanal como na Benedito Calixto!
Um amigo meu no entanto me fez pensar que eles tem sim o direito de não querer um metrô ali e convenhamos, lógico que tem tal direito. Assim como eu poderia ter uma casa em um local que deveria ser desapropriado para beneficiar um maio número de pessoas, logo, mesmo tendo eu o direito de não querer sair, sairia para beneficiar o maior número de pessoas. Penso que a questão passa então se a estação de metrô ali beneficia um maior número de gente ou não, senão voltamos a idade média onde vencia-se pela força.
Uma manifestação pública foi marcada nesse sábado, 14 de maio, a partir de 14:00h em frente ao shopping Higienópolis, com concentração na Praça Vilaboim, na av. Angélica, 618.
Acho importante ponderar para que o local é estreito e se for a metade das pessoas, poderá apenas justificar o ato dos moradores do bairro em questão. Como qualquer manifestação pública, ela é válida, mas tem que ser feita com consciência. Todos devem inclusive se preocupar com o lixo gerado por tamanha aglomeração. Consciência antes de tudo.
É apenas o que eu acho...
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