sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Insistindo no erro

Sabe aquele velho senhor com câncer no pulmão que não consegue largar o cigarro? Que fim pensas que ele terá? E aquele outro alcoólatra que está por perder a esposa que não aguenta mais? E aquele jovem promissor que viciado, começa a roubar dentro de casa para custear seu vício? Que fim devem ter esses personagens?


Poderíamos dizer que estão insistindo no erro?


Um dos preceitos dos "Alcoólicos anônimos" é que a pessoa em questão deve reconhecer o problema para sair dele. Esses pequenos problemas podem passar despercebidos pela maioria das pessoas, mas quando os problemas passam a ser com nações inteiras, o impacto é gritante e inerente. Vejamos alguns casos:


Os Estados Unidos correm o risco de enfrentar uma “década perdida” se reformas urgentes não forem colocadas em andamento. O alerta é do economista e matemático norte-americano Edward Prescott, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2004 e conselheiro do banco central dos EUA (Fed). Prescott defende que o presidente americano, Barack Obama, diminua gastos e impostos. A íntegra encontra-se na Veja.

Engraçado que essa medida também é frequentemente dada ao Brasil, mas segue-se na mesma. No caso de nosso país foi inclusiva sancionada a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), oficialmente Lei Complementar nº 101, é uma lei brasileira que tenta impor o controle dos gastos de estados e municípios, condicionado à capacidade de arrecadação de tributos desses entes políticos. Tal medida foi justificada pelo costume, na política brasileira, de gestores promoverem obras de grande porte no final de seus mandatos, deixando a conta para seus sucessores. A classe política no entanto tem a capacidade de subverter as leis conforme lhe convém...

Sobre o polonês Zygmunt Bauman viu nos distúrbios de Londres uma aplicação prática de suas teorias sobre o papel do consumismo na sociedade pós-moderna e também critica as diretrizes financeiras de seus líderes: O governo britânico está mais uma vez equivocado. Assim como foi errado injetar dinheiro nos bancos na época do abalo global para que tudo voltasse ao normal - isso é, as mesmas atividades financeiras que causaram a crise inicial - as autoridades agora querem conter o motim dos humilhados sem realmente atacar suas causas. A resposta robusta em termos de segurança vai controlar o incêndio agora, mas o campo minado persistirá, pronto para novos incêndios. Problemas sociais jamais serão controlados pelo toque de recolher. A única solução é uma mudança cultural e uma série de reformas sociais. Senão, a mistura fica volátil quando a polícia se desmobilizar do estado de emergência atual. Para ver mais do que foi publicado, O Globo.


E olha que muita coisa sai de forma controversa na imprensa. O recente caso sobre Carpegiani mostra-o indignado com um possível problema ético entre ele e Felipão. Vale a pena ouvi-lo falando sobre o ocorrido e o levantamento da questão do por qual motivo um profissional possa fazer isso. Rádio Estadão ESPN.



De forma completamente passional escrevo sobre Belo Monte. Sem conhecimentos técnico. Sem dados, sem nada. Apenas com o sentimento de que algo muito errado está acontecendo. Os argumentos que me são dados me fazem crer que poucos ganharão muito, com a desculpa de que vai ser melhor para todos. De que será implementado formas que já estão destruindo tudo. Estou escrevendo para o blog sentindo o coração dilacerado...

Parece que a ganância do ser humano não vê problema amanhã para os outros se ele pode agora ganhar muito.

Alguns amigos artistas conhecidos tentam fazer algo sobre Belo Monte e a imprensa não tem falado sobre o assunto. Haverá manifestação nesse sábado (20 de agosto) 13 horas no Masp. Veja o vídeo produzido por eles para verem se se animam a pensar sobre o assunto:


Esse ato é mundial, mas pouco tem-se falado.

Escrevi de supetão, meio sem pensar muito tendo o que fazer. Misturei política financeira, sociologia, futebol e Belo Monte apenas por pensar:



Insistindo no erro?

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