quinta-feira, 17 de março de 2011

Beatles x Restart



Sinceramente não vou entrar nessa discussão descabida. Sequer entrar no mérito de se o Restart é bom ou não, e vou quase cometer a heresia de dizer que eles são inovadores no sentido de tocar algo parecido com rock, sendo cantado como algo parecido com música sertaneja. Não estou sendo irônico, apenas constatando algo. Eles são ruins ao vivo? E quem nasceu bom em seu instrumento. Dando-se tempo, podem tornar-se bons músicos e o baterista me inspira um futuro promissor.

Aliás, futuro promissor é exatamente o ponto onde começa a questão. Sempre houveram bandas adolescentes, mas elas parecem não ter futuro. Por onde anda por exemplo as Spice Girls? Sem contar de quando muito, sobra um (Rick Martin-Menudos e Justin Timberlake-N'sinc). Apesar de serem bandas de curta duração, não vejo nisso um problema em si.

O grande problema é tocar Restart ou Justin Bieber o dia inteiro nos canais adolescentes e eles sequer serem capazes de perceber a lavagem cerebral que estão sendo submetidos. Não adianta sequer discutir isso com os fãs deles. Eles acreditam realmente que escolheram tais bandas. A única coisa que de fato me causa um certo desconforto são os fatos completamente verificáveis que vou relatar.



Enquanto o quarteto de Liverpool tinha seu primeiro filme com 4 anos de carreira, Restart com 2 tem o seu encaminhado. Justin Bieber com 3 anos de carreira tem livros e mais livros e um filme. O nome de um de seus livros me soa um tanto quanto audacioso: Primeiro passo para a eternidade. Não me recordo de títulos do tipo nem com Michael Jackson ou Madonna. Fiuk já consegue inclusive ter carreira solo depois de uma passagem pela banda Hori, e em seu livro, relata sua carreira. Keith Richards com 5 décadas empunhando as guitarras (literalmente em virtude das várias afinações que ele utiliza) tem a sua carreira recentemente relatada. Mesmo assim, já ouvi de um guitarrista e jornalista que ele é o maior picareta da história da música.

Sem contar cadernos, mochilas, tênis, lápis, sei lá o que mais, personalizado para vender o artista. Isso sempre existiu e mesmo jogadores de futebol tem bonecos ou álbuns de figurinha, mas hoje é numa velocidade e proporção que mostra o quanto a cultura ficou atrelada ao comércio. Vamos ver daqui alguns anos, quem continua produzindo.

Para finalizar, lamento apenas que a grande maioria das pessoas entendam sequer, nem que superficialmente, de estética (filosofia do belo nas artes) para optarem realmente por um caminho e não agirem como um rebanho...



É apenas o que eu acho...

2 comentários:

  1. Crianças que não possuem uma bom "encaminhamento" para gostar do que realmente acha bom se torna um adulto que faz parte do "rebanho", esse é o real problema dessas bandas que são ruins, muitas vezes, de sonoridade. Isso não é diferente com as artes plasticas e com a literatura, por exemplo, as crianças hoje em dia são obrigadas a lerem a famosa literatura paradidática, que é como uma Auto Ajuda infantil, dispensando obras boas, que façam você tomar gosto pela coisa, ou lêem os bonitos, caros, e famoso livros que estão na mídia e que de literatura não tem nada. Enfim... não vou me prolongar nesse assunto, que sabe algum dia eu posto no meu blog alguma coisa falando disso. Até lá... Muito bom seu ponto de vista, ótimo texto. :)

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  2. Velho amigo que post viu….curti demais... ROCKS man…..vlw…abração.

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