sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Faith no More

De novo. Com aniversário de dois anos do blog, o assunto que me fez ter vontade de começar tudo por aqui em 02.11.2009.

Fã inconteste da banda, resolvi escrever alguns dias depois com um outro olhar. Diferente das vezes em que assistia um show e no dia posterior escrevia sobre, dessa vez preferi rever o show novamente em casa de uma maneira mais fria e após ler dezenas de resenhas sobre o show do quinteto americano. E por que resolvi fazer assim? Por saber que ninguém é imparcial o suficiente para não puxar sardinha para lado algum, ou seja, isso continua como sempre sendo apenas o que eu acho...

1:30h da manhã debaixo de chuva torrencial (do qual eu velho de eventos do tipo tinha uma capa de chuva e pés envoltos em saco plástico após o toque do amigo Diogo de Nazaré da banda Kafka Show). Verdade que vi um grande números de pessoas que foram para ver Alice in Chains, Megadeth, Sonic Youth, Stone Temple Pilots, Primus e Crystal Castle e com certeza, outros milhares foram ver outras bandas. Houve inclusive quem não conseguisse se aproximar depois de se esbaldar com Alice in Chains (não é Deborah Evelyn?), ou mesmo que tenha saído antes após o êxtase atingido por conta do Sonic Youth (dessa vez Junior Muniz), mas eu estava colado na grade e vi o senhor "Mike preto Patton velho" passar ao meu lado com total alusão a cultura brasileira em sua vestimenta, assim como o do restante da banda e mesmo dos roadies. O palco era de uma brancura pincelada com flores pelo palco. A banda mostrando-se sempre inusitadas.

Acredito que o senhor vocalista em seus 43 anos sabia dessa vez que tinha a platéia na mão. Após 2009 com o retorno da banda e um show memorável onde cunhou-se a expressão "Porra Caralho" de forma definitiva pela banda e ter a tal expressão ecoado mesmo no Rock in Rio quando ele veio com um projeto completamente diferente (Mondo Cane) e relativamente calmo para os parâmetros pattonianos. 

A essa altura, não esperava mais do que outro show memorável. O que me espantou dessa vez, foi o número grandioso de pessoas com vinte e poucos anos entoando as canções daquela banda "esquisita". Competente com o senhor das mil vozes entoando suas canções, acompanhadas por Billy Gould no baixo e seu timbre peculiar, Mike Bordin descendo a mão na bateria que fez Ozzy chama-lo para seu trabalho solo, Roddy Bottum e seus teclados totalmente fora do convencional para uma banda de rock e a classe e discrição das guitarras de Jon Hudson que por vezes me lembra Brian May. 

Na verdade, o que quero dizer, é que essa banda continua me impressionando mesmo por seus caminhos tortuosos. Eles nunca serão populares como U2 ou Madonna, mas sempre serão lembrados. Quando surgiram, seu som era completamente diferente de tudo que existia e se por acaso você escuta hoje e acha normal, saiba que foi eles que abriram as portas para o som que ficou normal após ser copiado por milhares da bandas. Mesmo assim, vejo músicos torcendo o nariz para eles e sinceramente não é essa questão. Em música, uns trabalhos me atraem, outros não e o mundo seria melhor se todos assim fizessem.

Quanto ao que li escrito, também me impressionei. Se não existe unanimidade na música, esse show bateu na trave. experimente jogar "Faith no More no SWU" em seu buscador de preferência e encontre expressões como: Show histórico, Faith no More faz público esquecer chuva, Show épico, Mãe e filhos dormem na fila para ver show, um dos melhores shows do ano, show apocalíptico, Insanidade do Faith no More encerra os shows do SWU... bom parar por aqui.

Abaixo, o show na íntegra. Resolvi não pinçar um melhor momento e sim deixar para quem quiser ver por completo com pequenas falhas técnicas, intervenção de um artista popular de Pernambuco, o tombo que Patton leva quando assume uma das câmeras de tv para ver o quanto o nosso mestre de cerimonias pode ser visceral, mas técnico, artista e cativante mesmo com a enxurrada de palavrões tupiniquins. Não é a toa em que em nossa pátria é que o Faith no More tem mais fãs...


Se você tiver paciência para brincar a essa altura do campeonato, encontre-me com uma hora e 55 segundos de show e vejam a compenetração desse que vos escreve...

É por essas e outras que esperei baixar a bola e escrever friamente. Li muita coisa e inclusive coisas que não concordei como o Faith no More é o único trabalho onde o genial Mike Patton produz música boa. Em minhas aulas, passo pela estética e a filosofia sobre o belo. Isso é extremamente relativo e nosso vocalista tem sim diversos trabalhos que caminham com a bizarrice de mãos dadas, mas se o considerado pelo jornalista em questão é que o Faith não é bizarro, vale pesquisar trabalhos como Lovage ou Umlaut onde o vocalista das mil vozes mostra-se um outro intérprete.

Para variar, tudo isso...

...é apenas o que eu acho.

2 comentários:

  1. E eu concordo... Faith no More pra mim é sim a Melhor banda, conheço todas as musicas e o show com suas falhas ou não, foi o MELHOR de muitos anos que não vejo. Realmente eles podem não ser um U2 ou uma Madona, mas ELES SÃO E SEMPRE SERÃO FAITH NO MORE...
    Mike Patton é muito abusado e isso faz uma diferença incrivel nessa banda. Suas nuances, suas loucuras, enfim... "é apenas o QUE EU ACHO" kkkkk

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  2. demas, massa seus comentários. e colhidos in loco... só senti falta de falling to pieces, que minha antiga banda tocava nos idos dos anos 90...
    outra coisa: que tamanho é aquele maledeto cabo de microfone do patton!!!! acho qe ele andou quase 50 metros e o cabo não acabava nunca... hauaha

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