segunda-feira, 29 de junho de 2015

Opiniões acirradas que proferimos sem nem perceber...

Imagem da internet

Já não é de hoje que penso que o comportamento das pessoas perante os meios de comunicação pós internet se modificou de forma radical. Basicamente na época em que a televisão detinha o poder de comunicação, a atitude de seu público era passiva. O que víamos no jornal, víamos e pronto. No máximo uma conversa com os vizinhos ou entre nossas rodas de amigos ou familiares. Uma grande comoção nacional e você podia trocar algumas palavras sobre o ocorrido com um desconhecido em um ponto de ônibus ou em uma mesa de bar.

A internet muda completamente isso. Inicialmente com sua opinião em verdadeiros murais colocados na internet, até os dias de hoje em que essa interação se torna em tempo real. Chegamos então em um momento onde as pessoas parecem precisar expressar sua opinião custe o que custar e acho que ela acirrou as diferenças de pensamento... de certa forma... ela contribui com os radicalismos dos extremos...

Para fortalecer a ideia do quanto eu penso isso de longa data, vejamos o nome desse blog... É apenas o que eu acho...

O que eu acho é o que eu acho e não verdade absoluta. Não tenho a pretensão de achar que o meu pensamento é sempre o correto perante o teu. Acho isso poderia soar arrogante de meu ser, mas algumas "acusações" me soam esdrúxulas.

A última? Fui acusado de homofóbico por não ter aderido aos perfis coloridos. Então é simples assim? Troca-se uma foto e atesta-se os teus verdadeiros atos? Quando vi alguns políticos com as fotos, pensei: Mas o que será que efetivamente você fez para garantir os direitos à classe?

Tenho motivos para não trocar a minha foto e respeito a sua troca. Quis trocar, mas não troquei e penso que enquanto dividirmos a população entre os do bem (os que pensam como eu) e os do mal (que pensam diferente) e temos o começo do grande problema da humanidade.

Reclamos dos programas "dos Marcelos Rezendes e Datenas" das vidas, mas transformamos nossa timeline no mesmo poço de polêmicas.

A polêmica da semana passada nem esfriou quando fui julgado por não conhecer Cristiano Araújo. Ontem, outro artista foi levado ao andar de cima. Chris Squire. Baixista e um dos fundadores do grupo Yes. Se você não o conhece, não vejo problema algum nisso. Mesmo eu trabalhando com música, não conheço todas as pessoas.

Despende-se muita energia em casos como esses. Hoje eu prefiro apenas deixar essa mestre das 4 cordas tocar...

Leveza...


sábado, 27 de junho de 2015

A Cesar o que é.... do Facebook

Lembram do processo de denúncia pela qual umas das fotos minha passou?


A Cesar o que é de Cesar, ao Facebook o que é do Facebook. Eu que tenho uma crise de amor e ódio ferrenha ao Facebook, sendo que um dos motivos é justamente o quanto o Facebook roubou as nossas liberdades e centralizou as atenções (muito supostamente, foi no Facebook que você viu essa própria postagem). Uma rede que além de nos aprisionar, escolhe o que vemos e não sabe distinguir uma obra de arte do que ela dita pornografia (sendo eles provenientes do país que mais produz pornografia).

Em tempos de intolerância com pensamentos diferentes ao seu, esta foto foi denunciada por conter nudez e recebi tal comunicado da empresa que nos prende:


A denúncia é feita anonimamente (um tanto quanto covarde) e julgada pelo próprio Facebook que ao menos dessa vez, julgou-me inocente.

Eu que desconfio de tudo proveniente do Facebook, tenho que fazer "mea culpa" dessa vez e reconhecer que eles não foram abusivos comigo dessa vez, visto que tenho outras fotos que se aproximariam mais da denuncia feita do que essa. Talvez seja hora de partir para outras plataformas de comunicação...

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Sem querer polemizar...

E antes de tudo, pêsames ao cantor sertanejo falecido Cristiano Araújo. Não conhecia seu trabalho, nem por isso preciso desmerecer ou menosprezar o trabalho de alguém, isso sem comentar aqueles que conseguem comemorar a morte de alguém. Não vou nem comentar.

O que realmente me incomodou nessa caso, é a tentativa da mídia de criar um nome, uma notícia para dar ibope a si mesmo. Eu já havia comentado algo do tipo em relação a morte de Tomie Ohtake alguns meses atrás que é mais conhecida. O que dirá desse jovem cantor que se vai.

Tirando a família dele e seus verdadeiros fãs, infelizmente foi uma morte como outra qualquer e isso aprendi alguns anos atrás com o sociólogo italiano Domenico de Masi que fala dessa enxurrada de informação que nos é empurrada, mas que não vai alterar nossa vida.

O que me espanta de fato, é um travesti ser assassinado, outro de moto assassinado ao vivo na tv pela polícia e a morte que vem de um acidente ter muito mais repercussão. Me parece que tem algo muito esquisito nesse mundo...

Ah, o cantor é tão conhecido que Fátima Bernardes manda uma dessas:


terça-feira, 23 de junho de 2015

Você se exercitaria para trocar por viagens?

É o que garante um site que promove parcerias com aplicativos populares entre os corredores...

Sinceramente não sei onde vamos parar com as interações, aplicativos, startups, monitoramento e etc. Se por um lado, essas coisas parecem bizarras, por outro lado, não da para negar que o mundo é completamento diferente com eles e nesse ponto, não posso discordar do controverso filósofo esloveno Slavoj Zizek: Não vivemos mais uma realidade virtual e sim, realidade híbrida.

Na pior das hipóteses, você se exercita, mas eu acompanharei e relatarei aqui a minha experiência com vocês.

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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Ben Harper encerra a segunda noite do Samsung Blues Festival em grande estilo

Foto Alan Alves via Blah Cultural

A noite seria de fechada pelo californiano Ben Harper do qual possui um leque de sons que nos fazia pensar o que ele apresentaria no encerramento de um festival de bules, mas antes disso, tinha muita lenha para queimar.

O festival começou absolutamente pontual como previsto para 20h30, tendo Flavio Guimarães com a função de abrir a noite. Ele formava um quarteto não exatamente convencional para o gênero que costuma ter linhas de baixo característicos. Sua formação era dele na gaita, bateria e duas guitarras, embora uma claramente desempenhasse uma função próxima ao que o baixo deveria fazer, mas não se enganem. Se você não procurasse com os olhos ou seu ouvido não estivesse super acostumado, você não perceberia. Uma boa pedida de entrada.

Em seguida, um nome de importante respaldo na história do bules. Charlie Musselwhite que surge para o mundo do bules, mesmo sendo branco em plena década de 60. Outro quarteto, mas a formação clássica era alcançada com a substituição de uma das guitarras pelo baixo-elétrico. Seu show foi elétrico e vibrante. Uma voz absolutamente característica ao estilo que com certeza não deixou seus fás desapontados. Ele ainda voltaria mais tarde ao palco reverenciado por Ben Harper para encerrar o show daquele que centraliza a atenção da noite.

Sou fã de Ben Harper, em especial quando ele se apresenta com os "The Innocent criminals", mas nessa noite, o cantor, compositor e multi-intrumentista adentra o palco só. Como lhe é de costume, pegou seu violão e sentado proferiu algumas de suas canções. Transitou por alguns instrumentos como ukelele, guitarra e piano, usando de efeitos de pedal, ou uma base solta de uma tabla indiana para aumentar o espectro sonoro. O show foi realmente bom e digno de nota por conseguir momentos tão intensos estando só no palco. Teve sim "Boa sorte" que é a música que o público radiofônico brasileiro conhece sendo cantado pela platéia, mas ele merece ter uma audição além dessa música. Depois de um belo show, voltou para um generoso bis. Tanto pelo tamanho dele, quanto pela surpresa final que deu ao público com a divisão de palco com o grande Charlie Musselwhite. Esse por sinal, deu uma belíssima interpretação para Homeless Child de Ben Harper que apenas dividiu os refrães com Charlie. 

Uma grande noite para quem gosta de boa música e para quem gosta de Ben Harper. A minha grande dúvida no entanto era o que ele nos apresentaria em um festival de bules… bom… ele não se preocupou com isso e fez o seu show.


P.S: Texto originalmente escrito para Blah Cultural:

O dia em que Clélia quase me viu nu


To eu ali na rua Clélia. Se ir em banco resolver os seus pepinos financeiros já não é a coisa mais agradável do planeta, imagina quando você notoriamente é barrado na porta do banco por quê sim...

Cansado de entrar até com pedais de efeito em banco, nem tentei me desvencilhar do tradicional kit chaveiro, celular e carteira.

– Senhor, foi detectado a presença de metais com o senhor!

Já repararam como gostam de repetir a palavra senhor nessas ocasiões para nos fazerem acreditar que nos respeitam?
Bom, mas uma vez barrado, depositei minhas coisas ali.

– Senhor, foi detectado a presença de metais com o senhor!

Barrado novamente?... ok... havia algumas moedas em meu bolso. Depois disso? Ou é birra, ou falha do sistema.

– Senhor, foi detectado a presença de metais com o senhor!

Uma vez sem as moedas, o que me restava? O cinto e sua fivela igual os 837 mil que já haviam passado no banco naquele dia? Certo... tirei o cinto...

– Senhor, foi detectado a presença de metais com o senhor!

Não pensei duas vezes e simplesmente abri o ziper da calça e com minhas translúcidas coxas começando a radiar nos olhos do segurança e ele me manda passar. Bem engraçado. Passei e o detector dessa vez nada acusou... bem engraçado...

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Dessas coisas que só acontecem comigo






Eu corro para quem não sabe. Em virtude de ser grandes distâncias, gosto de correr no Elevado Costa e Silva (o Minhocão) quando ele fecha. No coração de São Paulo, você tem uma pista sem carros. Por esse motivo, várias pessoas por lá correm, caminham, andam de bicicleta, jogam bola por incrível que pareça, ou sentam-se para conversar, beber, fumar, blá blá blá.

Com o inverno chegando e as baixas temperaturas aparecendo, diminui drasticamente a quantidade de adeptos ao Minhocão. Imagina com uma leve garoa. Mas, eu estava lá em um elevado praticamente para mim. Escuto/percebo a aproximação de um helicóptero, mas ok, até que tenho os holofotes dele apontado para mim. Foi um misto de Rambo sendo perseguido pela polícia e vou levar um tiro agora e morrer e de, estou ganhando uma medalha olímpica...