segunda-feira, 22 de junho de 2015

Ben Harper encerra a segunda noite do Samsung Blues Festival em grande estilo

Foto Alan Alves via Blah Cultural

A noite seria de fechada pelo californiano Ben Harper do qual possui um leque de sons que nos fazia pensar o que ele apresentaria no encerramento de um festival de bules, mas antes disso, tinha muita lenha para queimar.

O festival começou absolutamente pontual como previsto para 20h30, tendo Flavio Guimarães com a função de abrir a noite. Ele formava um quarteto não exatamente convencional para o gênero que costuma ter linhas de baixo característicos. Sua formação era dele na gaita, bateria e duas guitarras, embora uma claramente desempenhasse uma função próxima ao que o baixo deveria fazer, mas não se enganem. Se você não procurasse com os olhos ou seu ouvido não estivesse super acostumado, você não perceberia. Uma boa pedida de entrada.

Em seguida, um nome de importante respaldo na história do bules. Charlie Musselwhite que surge para o mundo do bules, mesmo sendo branco em plena década de 60. Outro quarteto, mas a formação clássica era alcançada com a substituição de uma das guitarras pelo baixo-elétrico. Seu show foi elétrico e vibrante. Uma voz absolutamente característica ao estilo que com certeza não deixou seus fás desapontados. Ele ainda voltaria mais tarde ao palco reverenciado por Ben Harper para encerrar o show daquele que centraliza a atenção da noite.

Sou fã de Ben Harper, em especial quando ele se apresenta com os "The Innocent criminals", mas nessa noite, o cantor, compositor e multi-intrumentista adentra o palco só. Como lhe é de costume, pegou seu violão e sentado proferiu algumas de suas canções. Transitou por alguns instrumentos como ukelele, guitarra e piano, usando de efeitos de pedal, ou uma base solta de uma tabla indiana para aumentar o espectro sonoro. O show foi realmente bom e digno de nota por conseguir momentos tão intensos estando só no palco. Teve sim "Boa sorte" que é a música que o público radiofônico brasileiro conhece sendo cantado pela platéia, mas ele merece ter uma audição além dessa música. Depois de um belo show, voltou para um generoso bis. Tanto pelo tamanho dele, quanto pela surpresa final que deu ao público com a divisão de palco com o grande Charlie Musselwhite. Esse por sinal, deu uma belíssima interpretação para Homeless Child de Ben Harper que apenas dividiu os refrães com Charlie. 

Uma grande noite para quem gosta de boa música e para quem gosta de Ben Harper. A minha grande dúvida no entanto era o que ele nos apresentaria em um festival de bules… bom… ele não se preocupou com isso e fez o seu show.


P.S: Texto originalmente escrito para Blah Cultural:

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