Sou daqueles que gosta de futebol ao ponto de assistir novamente uma partida para tentar entender o que aconteceu, mas sempre soube (ou achei que sabia) separar futebol de política.
Sempre me soou completamente descabida a relação desempenho na copa versos desempenho nas urnas, mas, tenho que confessar, eu estava enganado. E por que eu digo isso? Participando de programas que falam sobre política e principalmente pelo que se fala nos bastidores, tanto os políticos de oposição como os de situação esperavam a copa para ver o que isso causaria nas eleições. Eu ainda cético começo a me questionar, afinal, se político acha que sim, quem sou eu para achar que não?
Ainda no começo do ano, o historiador Flavio de Campos já cantava essa bola. Estava eu teimando com políticos e historiadores. Chega a copa do mundo e vou ao estádio assistir uma partida. Senta-se um simpático senhor ao meu lado. Talvez uns 60 anos. Estava feliz, realizando um sonho ao assistir ao vivo um jogo de copa do mundo, mas ele confessa que não quer a seleção campeã para Dilma não ser reeleita. Sinceramente? Está tudo errado. Esse pensamento não é coerente, mas, ao ver a eliminação do Brasil nas semi-finais, não consegui mais não crer no quão raso somos em pensamentos políticos.
Sim, o desempenho da seleção afeta os votos.
Ontem mesmo, saiu uma matéria na Carta Capital dizendo que não existe influência alguma sobre as eleições após o fiasco da seleção, mas vale lembrar que essa revista se posicionou a favor de Dilma e pelo menos essa hombridade eles tiveram, mas confesso, sinto que eu estava errado. Nadei muito contra a maré, mas políticos acham, historiadores e ver a reação da população após o jogo...
Acho que estamos infelizmente distante de separar as coisas... seja para o bem ou para o mal, mas continuar tratando os eleitores e a população brasileira manipulando informações é triste.
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