sábado, 24 de novembro de 2012
Transtorno
E em nossa relação, eles não vem de dentro, mas de fora. Eu poderia dramatizar dizendo que não vou mais aguentar viver sem você. Puro drama...aguenta-se. De um jeito ou de outro, aguenta-se e você está completamente certa em dizer que daqui a dois ou três anos, tudo isso possa ser apenas uma lembrança boa. A questão é que agora, nesse momento, não te ter aqui em casa é uma perda irreparável. Meus sonhos simplesmente desmoronam...
Amores, medos, amores passionais, mais medo ainda...o medo que não consigas vir. passionalidade. Muito medo. Problemas lá e cá, Lá não pode ir para cá. Em casa, mais problemas, mais medo. Cá não pode ir para lá...medo. Muito medo. Uma mistura de medos. Uma sobreposição de medos. Falta de coragem? Medo? É torcer sofregamente para que possa arrancar forças das próprias vísceras em busca...
É um gol tomado aos 43º do segundo tempo. Não existe muito mais tempo para reagir....tempo... o relógio a nos esmagar novamente, o medo novamente...
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Distância
A distância é uma dor...
Não daquelas que doem, mas das que dilaceram...
É olhar para o lado esquerdo da cama e não te ter. É não estar encostado ainda de olhos fechados no primeiro pensamento do dia.
É claustrofóbica. É sufocante...
A distância é ter mil formas de carinho em mente e a impossibilidade de os por em prática.
É, é isso...
A distância é um amontoado de palavras que vão se formando para tentar justificar a desnecessariedade de seu uso se aqui estivesse...
P.S.: Isso aqui deveria estar lá, mas está aqui...
sábado, 20 de outubro de 2012
Trent Reznor solo
Trent Reznor no piano e Jerome Dillon no violão. Uma canção simples sem maiores virtuosismo nos instrumentos, mas o vocalista do Nine inch Nails despeja sentimento em sua interpretação
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Purgatório
13 dias se passaram. Simplesmente nasci, mas depois de uma década, teve apenas uma parcela do que pudesse ser, apenas para que tivesse forças suficiente em esperar por mais uma década que fosse...
Por certo que muitas coisas desconhece. A sapiência é algo a se interpretar. Não existe uma única solução, mas conceitos foram quebrados em sua mente. Coincidências tornaram-se padrões. As respostas vindas do outro lado eram espantosas. Simplesmente sabia-se as respostas, mas as vezes, sabia-se mesmo as perguntas.
Assim era o jogo a ser jogado. Não havia outra alternativa (embora houvesse sempre outras, entendia como quem olha a si mesmo). Pegou sua mochila, surrada, velha, gasta, mas cheia de vida e de história e juntou os cacos. Havia também um livro no qual sabia que tratava-se de si. Existia ali também lágrimas, angústia e esperança. Uma chave lhe foi dada. Uma chave especial que seria capaz de abrir tudo quando se empontassem novamente. Sabia que em outra mochila havia exatamente os mesmos elementos, apenas a chave foi trocada por um par de meias enfeitiçado por cacos dos dois. Essa meia só precisava ser usada com certa frequência. Ela tem o poder de fazer com que os passos dados os aproximem.
Agora é voltar para o purgatório e manter-me sobrevoando, esperando o sinal, mas está realmente difícil...
sábado, 13 de outubro de 2012
216
Estava acostumado a olhar o lado bom das coisas. Ruim como fosse uma situação, tinha como ter um olhar positivo sobre o ocorrido. Era simplesmente uma forma de enxergar o mundo e não reclamar das coisas, mas depois daquela tarde, ele simplesmente soube que dava para olhar o lado ruim de uma coisa boa.
Sim... o cheiro dela se foi com o banho...
Estava quente. bem quente. Mais do que ele era capaz de suportar e um banho em uma situação dessa era mais do que bem vindo, mas querendo ou não, já havia sentido essa sensação inúmeras vezes, já aquela textura impregnada em sua pele com aroma de desejo era novo. Era a sapiência que havia um patamar acima de sua vida que ele nunca havia experimentado.
Sua vida parecia resolvida, o trabalho ia bem. O casamento ia bem, afinal depois de uns anos parecia normal apenas achar que está tudo bem. Não havia problemas ou brigas. Só era morno e não ser ruim era bom. Era...
O dilema agora era: fingir que nada aconteceu e seguir? E se simplesmente ele não coubesse mais dentro de si?
Ele que tinha trinta e... quer dizer... 216 horas de vida. Acabara de concluir que nascera a 216 horas. Sua filha de oito anos era simplesmente mais velha do que ele. O de cinco também. Mesmo aquele pequeno filhote de 4 patas que ele afagou ao entrar no banho era mais velho do que ele. Todos mais velhos e experientes...
Isso tudo por que 9 dias atrás o seu carro foi para a oficina e ele teve que ir trabalhar de metrô. Ele realmente tentou desviar o olhar da garota que sentava-se a sua frente. Ana Helena apareceu com apenas uma função em sua vida: calar a boca dele que dizia que nunca ia sair de sua zona de conforto.
216 horas atrás, ele tinha certeza disso, mas 216 minutos atrás, ele soube que o seu corpo sabia todos os caminhos do corpo dela (ou seria o dela que sabia o dele?) Era como se sempre estivessem juntos. Era uma sincronicidade que o deixava perplexo e ele percebesse que o antes não tinha importância. Apenas as 216 horas...
O banho?
Sim... o cheiro dela se foi com o banho...
sábado, 6 de outubro de 2012
Torpor
Se por doença ou induzido, eu não sei
Só sei que uma hora desperta-se deles
Saber se era torpor ou torpores...
No despertar do torpor, fervor
Vai-se o langor, chega o tremor
Antes um gestor para te propor
Sou apenas um cantor para compor
Um rufar de tambor ao seu dispor
Antes um clamor sem rancor
Antes o amor a essa dor
sábado, 30 de junho de 2012
Luis Inácio Falou
Meados da década de 90. Lula, então líder do PT vociferava contra os políticos brasileiros e a sua máquina. Para quem tem mais de 30, vai entender minha analogia: Ele era o nosso Salvador da Pátria. Nosso Sassá Mutema. Éramos um país arrasado por Collor's, Sarney's, A.C.M's e Maluf's da vida. Esse mesmo Maluf já atacado por Lula em diversas ocasiões, esse mesmo Maluf procurado pela Interpol, esse mesmo Maluf que rouba mas faz, esse mesmo Maluf que diz: "Estupra, mas não mata". Esse mesmo Maluf que ajudou intelectuais e cientistas políticos a medirem a incapacidade do eleitor brasileiro. O abraço entre esse mesmo Maluf e Lula me fez apenas descrer de vez em nosso atual ex-presidente que tinha tanto força e prestígio político que alavancou Dilma ao seu lugar. | ||
Petistas como Zé Dirceu, Palocci, Genuíno, Delúbio, envolvidos em imbróglios tão ferrenhamente atacado por Lula pareciam não ferir o caráter de Luis Inácio. Foi necessário que ele mesmo abraçasse o pai da corrupção para causar uma apatia entre os ainda defensores do PT. Todos pareceram se calar diante da imagem que maculará a trajetória desse líder sindical de origem tão humilde. Bom, naqueles meados da década de 90, Os Paralamas do Sucesso falaram o que Luis Inácio falou. Apenas nem a banda, eu, ou qualquer um de nós não acreditávamos que ele mesmo fosse capaz de qualquer aliança por manobras políticas. |
domingo, 24 de junho de 2012
Quererências
Queria não querer
Ou queria querer
Muito
Intensamente
Só não queria não saber se queria
Ou se deveria querer
domingo, 17 de junho de 2012
Coletivo Urbano
Sabe quando você encontra um projeto nascido já vencedor? Pois é exatamente esse o caso do Coletivo Urbano. Sua primeira impressão é um cd do qual se tem vontade de ter em mãos nos atuais dias de mp3. Arte impecável. Aliás, arte é resumir a capa do trabalho que é uma verdadeira obra de arte.
Mas se o projeto é de música, desde ontem o Sesc Pompéia apresenta a trupe sonora ao paulistano em um show com as 9 apresentações envolvidas em um show com duas músicas de cada grupo. O resultado é um show dinâmico e bem variado, O único talvez é uma já saudade no meio da segunda música quando você sabe que a banda vigente já vai deixar o palco, mas se o objetivo do coletivo urbano era apenas abrir o leque de novos artistas, conseguiu com cem por cento do resultado esperado.
E como nasceu o projeto? Os músicos Thiago Rabello e Rafa Barreto tiveram uma ideia simples. Escolheram uma série de músicos que, em comum, buscaram a cidade de São Paulo como morada onde falam sobre o cotidiano deles na metrópole e suas dificuldades de adaptação, a saudade, os novos amores, amizades, a favela, tudo em diferentes perspectivas.
"O que todos têm em comum é a necessidade de se expressar", explica Rabello. "A ideia de falar sobre São Paulo surgiu naturalmente. Não foi nada previsto".
Mas se o projeto é de música, desde ontem o Sesc Pompéia apresenta a trupe sonora ao paulistano em um show com as 9 apresentações envolvidas em um show com duas músicas de cada grupo. O resultado é um show dinâmico e bem variado, O único talvez é uma já saudade no meio da segunda música quando você sabe que a banda vigente já vai deixar o palco, mas se o objetivo do coletivo urbano era apenas abrir o leque de novos artistas, conseguiu com cem por cento do resultado esperado.
E como nasceu o projeto? Os músicos Thiago Rabello e Rafa Barreto tiveram uma ideia simples. Escolheram uma série de músicos que, em comum, buscaram a cidade de São Paulo como morada onde falam sobre o cotidiano deles na metrópole e suas dificuldades de adaptação, a saudade, os novos amores, amizades, a favela, tudo em diferentes perspectivas.
"O que todos têm em comum é a necessidade de se expressar", explica Rabello. "A ideia de falar sobre São Paulo surgiu naturalmente. Não foi nada previsto".
O próprio Coletivo Urbano disponibilizou o download do resultado, mas se você correr, pode acompanhar ainda hoje o resultado no Sesc Pompéia 19 horas. Ótima pedida para se ter uma amostra do novo em São Paulo.
sábado, 16 de junho de 2012
Entre eu e você...
- É o fim não é?
- É?
- Não é?
- Mas depois do fim não vem o nada?
- Talvez... mas eu não sei dizer o que há entre nós...
- É...outra coisa...não o fim...
- Que outra coisa?
- Algo apenas entre eu e você...
- É?
- Não é?
- Mas depois do fim não vem o nada?
- Talvez... mas eu não sei dizer o que há entre nós...
- É...outra coisa...não o fim...
- Que outra coisa?
- Algo apenas entre eu e você...
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Poesia fluída e viscosa
- insira-me
- inspire
- Transpire
- Transe e pireRetira-me o ar e a razãoApenas aconteça-meEstremeça-meAbasteça-me(se?)
quarta-feira, 30 de maio de 2012
L
Lança-te
Laça-me
Lasciva-me
terça-feira, 8 de maio de 2012
Olhos cor de vida
Delegacia da Receita Federal. No meio de várias cadeiras típicas de repartições públicas brasileiras, aguardava a minha senha ser chamada no painel eletrônico. OPF 23. Procurava significado para a senha: "Operação Prato Feito 23"? "Óculos Para Festa 23"? Ouça Para Falar 23".
Um semblante jovial do outro lado da sala saltava daquela cena com tantas carrancas impacientes. O seu sorriso era tão leve que não tinha certeza se sorria, assim como Monalisa, mas os olhos, possuíam cor de vida e contrastavam com a de sua mãe sentada ao seu lado esquerdo. Se vislumbrar aqueles olhos já era um bálsamo, o que poderia usar para descrever a sensação de ser vislumbrado pelos olhos cor de vida? Olhos para felicitar-me. OPF 23.
A senha de sua mãe é chamada: APP 19 (Agora Posso Pensar 19) e tive centésimos de segundo de tristeza ao pressentir sua ausência, mas ela simplesmente não se levantou. Daí em diante, só pude suplicar aos deuses que minha senha fosse chamada somente após aqueles olhos saírem da vista dos meus. Como não ando em dia com os deuses, minha senha foi chamada, mas graças a burocracia, fui encaminhado para outro setor, outra senha: NRC 30 (Não Reclamo Contigo). Sim, contigo olhos cor de vida. Descobri que ela era capaz de alterar minha percepção temporal, Os próximos 12 minutos foram com ponteiros de minuto na velocidade da de segundos. Uma verdadeira injustiça.
Minha senha é novamente chamada. Aquele atendimento de quem parece estar aborrecido por te atender e os próximos 18 minutos reajustaram o relógio natural das coisas. Deve ter levado uns 45 minutos em minha percepção. Vejo a mãe daqueles olhos se levantar e toda a esperança que eu tinha de cruzar com aquele olhar escorria pelo ralo. Quando finalmente saio de lá com o DARF para pagar (Dinheiro Agora em Rota de Fuga). O serviço de "dog walker" que eu pensava em contratar ainda aquela tarde era excluído de meus planos.
Entro na banca de jornal e seu Jorge me avisa: essa é a "dog walker" que eu havia falado. Os mesmos olhos perfeitos que haviam me arrebatado, escancaravam o sorriso mais aconchegante que eu já vi na vida. Toda a resolução financeira que havia acabo de fazer, esvai-se. Olhos perfeitamente fantásticos... OPF 23...
A senha de sua mãe é chamada: APP 19 (Agora Posso Pensar 19) e tive centésimos de segundo de tristeza ao pressentir sua ausência, mas ela simplesmente não se levantou. Daí em diante, só pude suplicar aos deuses que minha senha fosse chamada somente após aqueles olhos saírem da vista dos meus. Como não ando em dia com os deuses, minha senha foi chamada, mas graças a burocracia, fui encaminhado para outro setor, outra senha: NRC 30 (Não Reclamo Contigo). Sim, contigo olhos cor de vida. Descobri que ela era capaz de alterar minha percepção temporal, Os próximos 12 minutos foram com ponteiros de minuto na velocidade da de segundos. Uma verdadeira injustiça.
Minha senha é novamente chamada. Aquele atendimento de quem parece estar aborrecido por te atender e os próximos 18 minutos reajustaram o relógio natural das coisas. Deve ter levado uns 45 minutos em minha percepção. Vejo a mãe daqueles olhos se levantar e toda a esperança que eu tinha de cruzar com aquele olhar escorria pelo ralo. Quando finalmente saio de lá com o DARF para pagar (Dinheiro Agora em Rota de Fuga). O serviço de "dog walker" que eu pensava em contratar ainda aquela tarde era excluído de meus planos.
Entro na banca de jornal e seu Jorge me avisa: essa é a "dog walker" que eu havia falado. Os mesmos olhos perfeitos que haviam me arrebatado, escancaravam o sorriso mais aconchegante que eu já vi na vida. Toda a resolução financeira que havia acabo de fazer, esvai-se. Olhos perfeitamente fantásticos... OPF 23...
sábado, 5 de maio de 2012
...a vida imita a arte imita a vida imita a arte imita...
E já não sei se minha arte inspira-se em minha vida, ou se o contrário. Inúmeras vezes a arte cai pronta em meu colo, como esse pedaço de papel que jaz entre minhas coisas e do qual não faço a menor idéia de onde possa ter surgido...
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Preciso postar isso no Face
Nada contra essa tendência de se dizer que vai na esquina comprar pão ou mesmo ir ao banheiro, mas ela me incomoda de alguma forma. No final das contas, não vou escrever nada de novo. Não me acho o cara que sabe das coisas e o que eu acho, continua sendo apenas o que eu acho. A minha visão, ou mesmo, a minha posição perante essa forma de agir. Lembro também que já disse que esse blog, nada mais é do que uma visita ao íntimo de minha mente onde pensamentos vagueiam...
Isso também explica um pouco o motivo de eu me expressar menos ultimamente...
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Começo
Começo
O imediato instante após o nada...
A fagulha que incendeia um caminho sem volta...
Mas se o imediato instante acabou de passar,
Estamos no começo?
Pelo menos no fim do começo?
O começo é apenas o nada antes do fim?
E depois do fim? Um recomeço?
Mas se começou após o nada,
Havia algo antes do nada?
O fim é apenas um novo começo...
O fim de um dia gera um novo dia.
O fim de uma hora. De um minuto...
Apenas outra volta no relógio.
Para recomeçar algo,
Que também terá fim.
Demétrius Carvalho
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Os verdadeiros sábios
Confesso que senti aquela sensação de colocar uma criança linda e meiga daquelas que você se derrete apenas com a imagem, mas percebi que a motivação não era a venda de um produto. A estética apenas tiraria o foco do que o pequeno texto a seguir relata. Uma menina de 8 anos explica o que é uma avó para um jornal de Florianópolis.
Sem palavras para. Apenas aquele suspiro desejoso de que "as pessoas grandes" tivessem essa pureza.
domingo, 1 de abril de 2012
O mundo de hoje, inegavelmente tem avanços tecnológicos assombrosos, mas ele parece andar com proporcional imaturidade política e social segundo Rui Canário, professor e pesquisador na Universidade de Lisboa. E juntando fragmentos de pensamentos daqui e dali, penso que muito dessa culpa, vem das escolas que produzem pessoas para o mercado de trabalho e nada mais.
Com o advento do pensamento militar, o golpe militar de 1º de abril de 1964, a ausência de questionamento foi instaurada de vez com a exclusão de filosofia e arte por exemplos e a inclusão de moral e cívica.
Alegria, morte, afeto? Por qual razão tais temas não são abordados nas escolas? E como lidar com esses problemas quando eles aparecem em nossa vida? A escola não deveria nos preparar para a vida? Deveria, mas esse pensamento disciplinador conseguiu deixar isso em outro departamento.
Não é novidade alguma o que vou falar, as escolas preparam para o "mercado de trabalho". Temos que executar e odiamos pensar e talvez por isso o brasileiro não se indigna com nada, não reclama por nada, não vai a luta por nada enquanto temos Uruguai, Argentina e Chile julgando e condenando seus ditadores por seus crimes. No Brasil no entanto, vivemos um eterno 1º de abril e deixar passar crimes como esses, pode abrir precedentes para Pinheirinho, Belo Monte e todas as outras oportunidades onde alguns poderosos poderão ganhar muito.
1º de abril, quando você vai acabar no Brasil?
Celebremos
sábado, 31 de março de 2012
Exercitando a dúvida
Estava na dúvida entre o tênis novo e o velho. Optou pelo conforto em seus tons enlameados. Quanto tempo resistiria a sola para romper-se por completo? Um, dois meses? Não importa, optou pelo conforto em tons enlameados...
Chegou na cozinha e resolveu tomar algo. Chá ou café? Optou pela bebida de sua família. O cheiro remetia-lhe as tardes sem fim na casa da avó onde tudo era alegria. Optou pela bebida de sua família...
Entre os quadros de John Coltrane e Tom Jobim estava seu porta-chaves do qual tradicionalmente não se encontravam e teve que perder alguns minutos para encontrar as suas e poder sair.
Metrô ou ônibus? Optou pela janela viva dos ônibus. Gostava de ver a diversidade das pessoas andando em dias ensolarados. Altos, pardos, crianças, esnobes, lentos, bem vestidos, embriagados. Embriagados? 11:00h da manhã? Embriagados? Já ou ainda? Estava na dúvida.
Gostava de sentar debaixo do vão do Masp e simplesmente deixar o tempo passar. Deixava que a paisagem em movimento ditasse para onde deveria olhar. Era como olhar para um caleidoscópio. Se por um lado não sabia qual a próxima cena que surgiria, parecia não haver grandes diferenças. Ali não tinha dúvida. Era olhar para onde os sentidos lhe chamassem.
Sanduíche com refrigerante para sentir o peso em seu estômago ou o frescor do sorvete? Sorvete. Chocolate ou flocos? Chocolate. Uma bola ou duas? Duas. Duas ou três? Duas. Depois pensou de deveria ir ao cinema ou voltar para casa e na verdade exercitava-se entre as milhares de escolhas que tinha que fazer durante o dia. Qual não era sua alegria quando as dúvidas se ampliavam em mais de duas opções...
Voltar para casa de metrô, ônibus ou mesmo a pé? A chuva optou por ele dessa vez e no metrô pensava se havia sido a chuva ou ele. Escolheu Beatles em vez de Bob Dylan, apenas por que escolheu não ir ao show do deus country. Optou pelos deuses do pop.
Ligar ou mandar mensagem? Alô querida, resolvi ir direto para sua casa em vez de ir para a minha. Optou por uma trufa em vez de uma barra de chocolate, afinal a embalagem da trufa era bem simpática.
Entre os quadros de John Coltrane e Tom Jobim estava seu porta-chaves do qual tradicionalmente não se encontravam e teve que perder alguns minutos para encontrar as suas e poder sair.
Metrô ou ônibus? Optou pela janela viva dos ônibus. Gostava de ver a diversidade das pessoas andando em dias ensolarados. Altos, pardos, crianças, esnobes, lentos, bem vestidos, embriagados. Embriagados? 11:00h da manhã? Embriagados? Já ou ainda? Estava na dúvida.
Gostava de sentar debaixo do vão do Masp e simplesmente deixar o tempo passar. Deixava que a paisagem em movimento ditasse para onde deveria olhar. Era como olhar para um caleidoscópio. Se por um lado não sabia qual a próxima cena que surgiria, parecia não haver grandes diferenças. Ali não tinha dúvida. Era olhar para onde os sentidos lhe chamassem.
Sanduíche com refrigerante para sentir o peso em seu estômago ou o frescor do sorvete? Sorvete. Chocolate ou flocos? Chocolate. Uma bola ou duas? Duas. Duas ou três? Duas. Depois pensou de deveria ir ao cinema ou voltar para casa e na verdade exercitava-se entre as milhares de escolhas que tinha que fazer durante o dia. Qual não era sua alegria quando as dúvidas se ampliavam em mais de duas opções...
Voltar para casa de metrô, ônibus ou mesmo a pé? A chuva optou por ele dessa vez e no metrô pensava se havia sido a chuva ou ele. Escolheu Beatles em vez de Bob Dylan, apenas por que escolheu não ir ao show do deus country. Optou pelos deuses do pop.
Ligar ou mandar mensagem? Alô querida, resolvi ir direto para sua casa em vez de ir para a minha. Optou por uma trufa em vez de uma barra de chocolate, afinal a embalagem da trufa era bem simpática.
Olhou para as nuvens e não tinha dúvida do sol por causa do brilho que emanava.
Olhou para ela e não tinha dúvida do que sentia por causa do brilho que emanava.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Utilidade pública
sábado, 24 de março de 2012
Eu to falando de solidariedade, saca?
Parece que é preciso ser criança para acreditar que as coisas são mais fáceis...
sexta-feira, 23 de março de 2012
Felizmente ou infelizmente?
Não sei dizer se é bom ou é ruim, o fato é que tenho falado mais de política do que gostaria e acabo falando quase sempre por um lado transtornado. Sinto-me ainda traumatizado com o ocorrido com a polícia semanas atrás e vejo como o tratamento é completamente diferenciado para os que são abonados. Pra não ficar "rodando lâmpada" sobre algo óbvio, apresento o sociólogo americano Sam Richards que da uma verdadeira aula convidando as pessoas a se colocar no lugar de outras pessoas e acaba mostrando o quanto é fácil de odiar os americanos:
http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/sam_richards_a_radical_experiment_in_empathy.html?source=email#.T2FtsZ3XWDd.gmail
O Brasil para minha infelicidade tem se mostrado retrógrado e a frase de Betinho parece extremamente atual:
A cultura popular também tira suas conclusões:
A burocracia no Brasil também não acaba por que da lucro. Acho melhor encerrar por aqui. Corre-se o risco de uma postagem lamuriosa demais.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Assim caminha a humanidade?
A lei do triunfo de Napoleon Hill é um livro que pode ser chamado de precursor desses livros de gestão financeira tão em voga hoje. Ali no começo do século passado, esse estudioso do que ele chamou filosofia de vida, percebe que o homem não mais prevalecia da força física sobre o próximo. Agora era pela sua conta bancária.
Parece que os meios de requinte geraram a força do prestígio, a força política, a força da mídia e a questão é que força sempre é "forçar" algo contra alguém.
Muito fácil pensarmos que desapropriar terras de índios em prol da população dita civilizada seja o correto quando você faz parte dessa população a ser privilegiada, mas e se você fosse um desses índios? Se por acaso fosse um morador de Pinheirinho e visse sua casa ser devastada por tratores em prol de um novo empreendimento imobiliário? Se fosse você a pessoa espancada pela polícia que só estava agindo segundo ordens? Se fosse seus filhos chorando?
Sabe o que é pior? Ver o quanto muda-se o discurso quando a situação inverte-se. Penso que vários moradores de Pinheirinho "descontariam" quando chegassem a sua vez. E não é por eu ser pessimista e sim um analista das coisas que me rodeiam.
O filósofo Hume diz: "...que refletindo sobre a debilidade e corrupção da natureza humana nos ensina que a nenhum homem se pode confiar uma autoridade ilimitada, como mediante a experiência e a história, que nos informam dos enormes abusos que a ambição tem cometido em toda época e país, devido a uma confiança tão imprudente"
Não quero falar desse ou daquele político, do empresário tal, ou daquele partido que prometeu mudar tudo e perpetua essa história por que é sua vez de estar por cima. Apenas está provado por séculos e séculos (milênios?) que esse modelo não está dando certo. Ou partimos para um novo patamar, ou as coisas continuarão assim por todo o sempre. Os que estão por cima segurando a todo custo o que tem, que por sua vez tem os oprimidos que não esperam a hora de dar o golpe e apenas inverter o jogo.
O que claramente entendo das palavras de Hume, é que ou todos (senão a grande maioria) decide o que fazer, ou os poucos que decidem, decidem de forma egoísta (como aumentar o próprio salário e outros abusos de poder mais). No Brasil então onde isso é mais gritante, me deixa temeroso em relação ao futuro do país onde vemos polícia se confrontar com estudantes da Usp e a forma totalmente tendenciosa que determinados meios levam os fatos à público.
E por favor, não acredito em papai noel, coelhinho da páscoa, ou que esse país é para todos!!!
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Impotência
Alguém aqui já viu "Dia de fúria"? Alguém já passou por uma sensação dessas? Pois bem. Meu dia já havia começado de uma forma péssima e sem querer dramatizar demais, estava (estou) com um estiramento em um músculo nas costas que quase não me deixa andar. Meu cartão de débito e crédito do banco foi clonado, consequentemente bloqueado para a minha segurança (minha segurança?) e não tinha sequer como comprar remédio.
Quem me viu nesses dias, entenderia eu pedir para remarcar tais aulas, mas não, encarei as 8 aulas que tinha pela frente e assim somente 21:20h foi que deixava a zona leste para ainda atravessar a cidade rumo a zona oeste de São Paulo. Passo vagarosamente por um carro policial parado em fila dupla (não sei se eles podem fazer isso) e aguardo o semáforo abrir. Ando apenas um quarteirão e percebo no próximo semáforo que o carro para atrás de mim. Achei que deram luz alta e por isso dei seta para a pista da direita e conduzi por volta de 40km/h para dar passagem para eles. O carro policial mais lentamente ainda começa a se afastar de mim e estando em uma via que permitia 60km/h, acelero e já tinha cerca de meio quarteirão de vantagem deles. Uma conversão a esquerda e algum tempo depois vejo que eles também o fazem, mas agora eles aceleram e ligam a sirene e encosto o carro. Um policial já com mão em punhos me pede documentos do carro e de habilitação.
Detalhe, passava mal no momento e o guarda pergunta-me: Por que avançou o sinal? Disse-lhe que não havia avançado. Ele fuzila-me com os olhos e em tom intimidador pergunta-me: Você está dizendo que eu estou mentindo?
O que eu deveria responder? Claramente ele me confrontava. Só pude covardemente (seria covardemente, racionalmente ou o que?) respondi que não.
O terror fez-se presente com inúmeras ameaças de recolhimento do carro por avançar o semáforo vermelho e mesmo desacato por questionar se o policial estava mentindo. Pensei: Me ferrei, já passei por um processo do tipo alguns anos atrás, vou gastar uma grana absurda, mas mantinha-me absurdamente calmo e com a demora, começava a me preocupar em como voltar para casa e pedi para fazer um telefonema para alguém me ajudar a voltar para casa. Pedido negado. Disse-lhe que estava passando mal (o que era verdade) e ele dispara que eu não deveria estar dirigindo. Se quisesse, me levavam para o hospital. Disse que não precisava. Pois então se cale, senão volta a pé para casa. Essa foi a resposta deles que não me levariam para a delegacia apenas pelo fato de que após darem busca em meu nome, não ser constatado como criminoso.
E por que tudo isso ocorre? Por que eu tenho um cabelo desgrenhado e ando vestido fora dos padrões? Tenho cara de marginal? E como é a cara de um marginal? E se eu tiver cara de, devo ser humilhado no meio da rua com dezenas de pessoas me olhando?
Mas, lei de Murphy é lei de Murphy e parece ser a única a funcionar no Brasil e então na ficha sai que o meu licenciamento de 2011 estava pendente. Pronto, eles tinham um criminoso em mãos e eu já sabia que estava para lá de ferrado.
O crime: Conduzir veículo registrado, mas não licenciado.
Pena: Reclusão do veículo e pagamento dessa multa, assim como as demais pendentes.
Mas eis que vem a grande reviravolta: Tudo não havia começado por que eu havia avançado o sinal vermelho? Por que não constava na autuação? Será que é por que eu realmente não havia cometido tal infração? Melhor não perguntar ao guarda, mas quem anda comigo de carro sabe que eu não sou de avançar sinal vermelho. Nunca tive multa dessa natureza.
Um dos guardas me pede para assinar as autuações e em virtude do estiramento, o ato era extremamente doloroso, mas lá estava eu cumprindo com a (in)justiça. O outro que até então havia sido mais grosso desde o princípio entrega-me a minha habilitação e de uma forma educada me mostra a placa do meu carro. Está vendo que ela está apagada? Isso é passível de recolhimento. Arrume isso o quanto antes e daqui uns 5 dias passe no Detran para regularizar o seu licenciamento e então simplesmente me liberou.
Entrei no carro e parti para minha casa. Alguns quarteirões depois, peguei o documento emitido e tinha no quadro informações complementares: Veículo liberado por falta de recursos do condutor Demétrius.
Fiquei pensando por qual motivo tudo transcorreu da forma que foi e só pode-se pensar em alternativas sórdidas. Abusos e outras coisas mais e infelizmente isso não é um conto. É real e me faz deixar cada vez menos acreditado sobre esse país que diferencia e muito quem você é pelo que tem ou que cargo ocupa. Um país que faz quem anda na linha se sentir arrasado e desmotivado.
Como eu prefiro olhar o lado bom das coisas, mostro um interessante apanhado de fotos tristes com uma beleza cortante que foi de onde eu tirei a foto que ilustra o texto:
http://www.buzzfeed.com/mjs538/every-world-press-photo-winner-from-1955-2011
Quem me viu nesses dias, entenderia eu pedir para remarcar tais aulas, mas não, encarei as 8 aulas que tinha pela frente e assim somente 21:20h foi que deixava a zona leste para ainda atravessar a cidade rumo a zona oeste de São Paulo. Passo vagarosamente por um carro policial parado em fila dupla (não sei se eles podem fazer isso) e aguardo o semáforo abrir. Ando apenas um quarteirão e percebo no próximo semáforo que o carro para atrás de mim. Achei que deram luz alta e por isso dei seta para a pista da direita e conduzi por volta de 40km/h para dar passagem para eles. O carro policial mais lentamente ainda começa a se afastar de mim e estando em uma via que permitia 60km/h, acelero e já tinha cerca de meio quarteirão de vantagem deles. Uma conversão a esquerda e algum tempo depois vejo que eles também o fazem, mas agora eles aceleram e ligam a sirene e encosto o carro. Um policial já com mão em punhos me pede documentos do carro e de habilitação.
Detalhe, passava mal no momento e o guarda pergunta-me: Por que avançou o sinal? Disse-lhe que não havia avançado. Ele fuzila-me com os olhos e em tom intimidador pergunta-me: Você está dizendo que eu estou mentindo?
O que eu deveria responder? Claramente ele me confrontava. Só pude covardemente (seria covardemente, racionalmente ou o que?) respondi que não.
O terror fez-se presente com inúmeras ameaças de recolhimento do carro por avançar o semáforo vermelho e mesmo desacato por questionar se o policial estava mentindo. Pensei: Me ferrei, já passei por um processo do tipo alguns anos atrás, vou gastar uma grana absurda, mas mantinha-me absurdamente calmo e com a demora, começava a me preocupar em como voltar para casa e pedi para fazer um telefonema para alguém me ajudar a voltar para casa. Pedido negado. Disse-lhe que estava passando mal (o que era verdade) e ele dispara que eu não deveria estar dirigindo. Se quisesse, me levavam para o hospital. Disse que não precisava. Pois então se cale, senão volta a pé para casa. Essa foi a resposta deles que não me levariam para a delegacia apenas pelo fato de que após darem busca em meu nome, não ser constatado como criminoso.
E por que tudo isso ocorre? Por que eu tenho um cabelo desgrenhado e ando vestido fora dos padrões? Tenho cara de marginal? E como é a cara de um marginal? E se eu tiver cara de, devo ser humilhado no meio da rua com dezenas de pessoas me olhando?
Mas, lei de Murphy é lei de Murphy e parece ser a única a funcionar no Brasil e então na ficha sai que o meu licenciamento de 2011 estava pendente. Pronto, eles tinham um criminoso em mãos e eu já sabia que estava para lá de ferrado.
O crime: Conduzir veículo registrado, mas não licenciado.
Pena: Reclusão do veículo e pagamento dessa multa, assim como as demais pendentes.
Mas eis que vem a grande reviravolta: Tudo não havia começado por que eu havia avançado o sinal vermelho? Por que não constava na autuação? Será que é por que eu realmente não havia cometido tal infração? Melhor não perguntar ao guarda, mas quem anda comigo de carro sabe que eu não sou de avançar sinal vermelho. Nunca tive multa dessa natureza.
Um dos guardas me pede para assinar as autuações e em virtude do estiramento, o ato era extremamente doloroso, mas lá estava eu cumprindo com a (in)justiça. O outro que até então havia sido mais grosso desde o princípio entrega-me a minha habilitação e de uma forma educada me mostra a placa do meu carro. Está vendo que ela está apagada? Isso é passível de recolhimento. Arrume isso o quanto antes e daqui uns 5 dias passe no Detran para regularizar o seu licenciamento e então simplesmente me liberou.
Entrei no carro e parti para minha casa. Alguns quarteirões depois, peguei o documento emitido e tinha no quadro informações complementares: Veículo liberado por falta de recursos do condutor Demétrius.
Fiquei pensando por qual motivo tudo transcorreu da forma que foi e só pode-se pensar em alternativas sórdidas. Abusos e outras coisas mais e infelizmente isso não é um conto. É real e me faz deixar cada vez menos acreditado sobre esse país que diferencia e muito quem você é pelo que tem ou que cargo ocupa. Um país que faz quem anda na linha se sentir arrasado e desmotivado.
Como eu prefiro olhar o lado bom das coisas, mostro um interessante apanhado de fotos tristes com uma beleza cortante que foi de onde eu tirei a foto que ilustra o texto:
http://www.buzzfeed.com/mjs538/every-world-press-photo-winner-from-1955-2011
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Fotografia
Uma foto pode congelar, eternizar e poetizar um momento. Algumas por conhecimento técnico do fotógrafo, outras por pura sorte, ou mesmo por ser capaz de captar um momento único.
Das várias possibilidades e visões que se tem sobre essa arte relativamente nova, a estética do belo é buscada incessantemente e técnicas para compensar algo, ou mesmo corrigir alguma imperfeição, ou ainda modificar o cenário original é possível, no entanto o que me apaixona por essa arte pode ser extremamente simples.
O que no entanto tem me impressionado ultimamente, é a capacidade desse artista de mostrar algo real sem os "kilos" de Photoshop. Pois é... acho que foi isso com que fez que eu salvasse essa foto em que o grande Clint Eastwood mostra por que é uma grande personalidade.
Ah... isso vale para as mulheres também ok? Não suporto ver essas revistas de moda com mulheres esquálidas e photoshopadas...
sábado, 28 de janeiro de 2012
Diversidade
Sabe quando está ainda pensando sobre algo que quer dizer e então você vê uma pessoa falando e pensa: é exatamente isso o que eu queria dizer? Pois bem, resumidamente foi o que aconteceu quando vi o vídeo abaixo que de uma forma sutil mostra o quão insignificantes somos para o todo.
O título de meu blog acaba sendo o reconhecimento de que o que gosto ou falo é a minha visão dos temas abordados e não necessariamente a verdade absoluta (afinal, não acredito que ela exista de fato).
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Zona de conforto?
Se existia uma banda que achei que não escreveria nesse blog, era o Red Hot Chili Peppers e não pensem que eu não goste da banda. Apenas achava que o quarteto californiano se encontrava em uma zona de conforto de que não gosto de transitar, mas Metallica's. Lou Reed's e Gals Costa's parecem mostrar que a fuga da destemida zona de conforto é uma nova diretriz (e confesso que ouvi dizer que o novo de Lenine também não se conforma com o mesmo). Por hora, falemos dos rapazes em questão.
Apesar da cirurgia no pé esquerdo em que se submeteu Anthony Kiedis para remover um pequeno osso esmagado e corrigir um tendão deslocado o RHCP anda trabalhando arduamente. Alguns dias da nova excursão adiados por causa do incidente, mas nessa quinta (25.01) divulgaram seu mais novo single.
Se o som não aponta para direções inusitadas, no mínimo mostra um Red Hot revigorado que soa no mínimo com discos da década de 90 como Californication ou One Hot Minute. Um Anthony Kiedis que lembra tanto um Iggy Pop quanto à um pacato motorista de transportadora americana. Chad Smith parece ter a mesma cara de sempre, o novo dono das 6 cordas Josh Klinghoffer tem papel discreto, afinal de contas, se musicalmente (e mesmo timbristicamente) tenha suprido bem o lugar de Frusciante, ainda precisa ganhar seu espaço junto aos novos fãs. Ja o Flea, é o Flea. É o cara que assume o ridículo e deixa sempre o ar mais leve.
Os clipes do grupo sempre possuem uma preocupação estética e várias referências e inclusive uma direta de Joy Division aparece por aqui. Os rapazes (já não tão mais rapazes) mostram que possuem ainda bastante lenha para queimar.
Uma coisa que tenho notado é que se um artista lança o mesmo do mesmo, reclamam. Se tenta o novo reclamam, logo, desconsidere tudo o que eu falei, veja a música e tire suas próprias conclusões ok?
Os clipes do grupo sempre possuem uma preocupação estética e várias referências e inclusive uma direta de Joy Division aparece por aqui. Os rapazes (já não tão mais rapazes) mostram que possuem ainda bastante lenha para queimar.
Uma coisa que tenho notado é que se um artista lança o mesmo do mesmo, reclamam. Se tenta o novo reclamam, logo, desconsidere tudo o que eu falei, veja a música e tire suas próprias conclusões ok?
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
A terceira guerra mundial começou?
Se você tem um pouco mais de 30 anos, pode lembrar de filmes onde um garoto invadia o sistema de defesa do governo de um determinado país. Vírus mandado por fibras óticas era algo inimaginável enquanto que hoje faz parte de nosso cotidiano.
O que realmente me intriga é a não cobertura da mídia sobre o que está acontecendo. Sem falso engajamento intelectual, não vejo BBB ou não sei quem é Luiza pelo simples fato de não me interessar nem um pouco, mas sou capaz de gostar de coisas mais toscas e superficiais ainda e não vejo o menor problema nisso. Apenas não me apetece, mas vamos lá. Pensemos: BBB é mais importante do que o que tem acontecido com a Cracolândia? Na mídia, parece que sim.
Adensando o que penso, mesmo o ocorrido ao ataque do carro de Kassab agora pouco no centro de São Paulo, ou a homérica vaia levada pela prefeita de Fortaleza são coisas menores ao que tem acontecido pelo simples fato de que esses acontecimentos tem um impacto regional em primeiro plano, enquanto que o que o grupo denominado Anonymous está fazendo tem uma abrangência mundial.
No fundo, penso que a humanidade não mudou muita coisa. Somos verdadeiros símios tentando derrubar o líder na base da força. Com a sofisticação do raciocínio humano, criaram-se formas além da força física inicialmente com armas, depois poder financeiro e hoje em dia até pelos meios de comunicação e a abrangência de pessoas que uma pessoa pode atingir. Algo que falei em uma rede social dia desses deu o que falar. Enquanto cogitam caçar a concessão de transmissão de uma rede de tv, penso que seja mais fácil ela manipular e derrubar esse governo, mas isso é papo para outra hora.
A questão é que o que não contavam, era que a ferramenta utilizada agora é de igual para igual. Tem-se cabeça? Computador? Então pode-se guerrear. E é o que se tem feito em países do Oriente Médio ou da África, levando a revista Time a colocar o anônimo internauta como a celebridade do ano. Parece que estavam profetizando. O grupo Anonymous que também se utiliza de uma máscara criada por Alan Moore no filme V de vingança (que tem embasamento político) está aí invadindo sites pelo mundo inteiro. Uma guerra virtual está sendo travada como nunca foi. O criador do Megauploud está preso, em contrapartida, o grupo de hackers derrubou o site do FBI entre outros e disponibilizou toda a discografia e filmografia da Sony Music na rede. Se isso é bom ou não, certo ou não, prejudica esse ou aquele, também é outro papo. O que realmente me intriga é:
Qual a razão da grande mídia não relatar isso?
Parece que existe mais conchavos no topo da pirâmide do que demonstram haver...
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
A arte digital
Ou, Escolas de arte II é a continuação do pensamento exposto da última vez com a segunda parte do vídeo de Ken Robinson sobre o quanto as escolas podem podar a criatividade dos seus frequentadores.
Em contrapartida, vejamos o caso da novíssima arte multi-mídia digital que nos alcança todos os dias pela internet. Ela é tão nova que não houve tempo para estudarem os padrões e "encaixotarem" os seus usuários. Em outras palavras, é cada um por si. Uma arte multi-facetada. É normal um trabalho onde nota-se que o forte da pessoa é foto, mas ele coloca uma música ou uma atuação. Outro aparece e não sabe nada disso, mas tem desenhos sensacionais e cria com "stop motion" algo realmente interessante e novo.
Talvez seja onde eu me surpreenda mais facilmente hoje em dia. Justamente por existir menos regras e as pessoas tornarem-se menos previsíveis.
Ou seja, onde não existe escola de arte tolhendo a criatividade, cria-se mais?
Responda-me após ver o vídeo abaixo:
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