sábado, 15 de maio de 2010

V de Vingança


Sempre complicado avaliar um filme que partiu da literatura. Nesse caso de uma obra prima do mestre dos quadrinhos Allan Moore. Penso que um livro ou um quadrinho como esse sempre vai ser mais profundo do que o filme, logo penso se gostaria do filme mesmo se não conhecesse a obra original e podem apostar que li-a em uma circunstância única que tornou-a marcante em minha vida. Pelo que notei, quem leu se dividiu entre o odiar e o amar. Eu me encontro na segunda categoria.

Algumas coisas definitivamente beiram a impossibilidade de ser retratadas em um filme por mera questão de tempo, e nunca vejo preferirem o filme ao livro (leia-se quadrinho aqui).

Nesse caso, havia um grande agravante que era a direção do filme ser assinada pelos irmãos Wachowski (de Matrix). Não que eu não goste do que eles haviam apresentado em sua trilogia revolucionária, pelo contrário, sou fã de carteirinha de tal filme, mas tive medo de excessicos efeitos no filme. Fica outro ponto para os Wachowski que mostram saber dosar seus efeitos.

Verdadeira pancada no mundo de hoje, politicamente e socialmente. São tantos os pontos altos do filme que é difícil ver o filme sem fazer alguma reflexão de nossas vidas e gosto da arte que me faz refletir sobre as coisas.

A voz de Hugo Weaving (o Agente Smith de Matrix) nunca foi tão bem empregada. Exatamente como ela soava em minha mente e Natalie Portman foi convincente em toda dor e sofrimento vivido por Evey.

Vi gente dizer que o filme é cópia de Matrix, no enredo e nos efeitos. A história já existia e os efeitos, não vejo porque não utiliza-los. Se os roteiristas se consagraram com essa inovação, e volto a dizer. Foi bem dosado. Imagina o que eles realmente podem fazer depois de Matrix e assim temos a certeza que seguraram a tentação.
 
E quando aos fãs da revista que notaram as alterações em relação ao filme, de fato elas existem, mas não mudam a cara nem a mensagem da obra. E volto a defender a tese de que seria um bom filme mesmo sem conhecer o original. Fotografia, figurino, cenário e trilha sonora (com grata surpresa aos brasileiros) impecáveis ao meu modo de ver. Poderia ter feito algo diferente, mas creio que já passei da idade de ficar procurando e vendo apenas defeitos. Hoje, realmente tento olhar o lado bom das coisas e penso que esse filme pode ser interessante.

Sempre, isso tudo é apenas o que eu acho...





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