Por Demétrius Carvalho
Virou-se bruscamente para a sua direita onde havia uma porta para a cozinha e pegou o interfone que estava do lado interno da cozinha, mas fez questão de não tirar o olho do pergaminho posto sobre o sofá da sala. Embora fosse prontamente atendido pelo zelador, falou de uma forma extremamente descontrolado:
— Quem deixou esse pergaminho aqui?
— Hã? Como assim?
— Quem entrou no meu apartamento? Quem deixou esse pergaminho aqui?
— O senhor deve estar brincando. Ninguém entrou!!
— Entrou sim— Olhos fixos no pergaminho.
Até explicar que entraram, não levaram nada e ainda deixaram um pergaminho, falar com o síndico e verificar que de fato ninguém entrou segundo as imagens internas do sistema de segurança e o dia havia se esvaído. O pior mesmo foi explicar onde estava o pergaminho quando foi com o zelador e o síndico averiguar o apartamento e no fim do dia, estava completamente constrangido por não haver pergaminho algum ou mesmo uma prova de que entraram ali. As portas sem sinal algum de terem sido forçadas e ele quase que expulsa os dois que desestimularam completamente uma intervenção policial. Enfim, ele fecha a porta e vira-se escorrendo pela porta, acomodando-se ao chão e não podia entender, mas ali estava o pergaminho. Não soube dizer se a luz do abajur estava acessa quando ele de fato chegou, mas agora parecia que estava propositalmente acessa para focar ainda mais o pergaminho naquele penumbra que anunciava a noite. Correu com tanta vontade que parou estabalhoadamente imprensando o próprio sofá contra a parede, mas enfim tinha-o em suas mãos. Quis chamar os dois que ainda devíam rir de si enquanto aguardavam o elevador, mas achou que tinha a sua cota de constrangimento amplamente superada para todo o ano. O pergaminho estava com uma etiqueta branca pendurado nele, mas sem sombra de dúvidas que era ele. Apenas uma pequena frase nele, impressa com uma espécie de serigrafia e fonte que pareciam vir da idade média. Isso era o de menos. A frase era o que o deixava confuso:
Ninguém me deixou entrar.
Tirou a camisa, sentou diante de uma mesa cheia de papéis desarrumados. Os óculos repousando sobre a papelada, mãos na cabeça e antes mesmo de ler o pergaminho sentia-me extremamente confuso.
Continua...
Esse moço é um primor! rsrsrs
ResponderExcluirToca bem, conta histórias bem e ainda é bonitão!
Quero saber o final dessa história urbana! Escreva aí.
P.S: Li tudo ¬¬ ,lógico.
=D
Afff...bonitão não né...rsrsrs
ResponderExcluirVeio elogiar ou me esculhambar? rsrsrs
Fico feliz pelo som que tem feito...