sábado, 28 de janeiro de 2012

Diversidade


Sabe quando está ainda pensando sobre algo que quer dizer e então você vê uma pessoa falando e pensa: é exatamente isso o que eu queria dizer? Pois bem, resumidamente foi o que aconteceu quando vi o vídeo abaixo que de uma forma sutil mostra o quão insignificantes somos para o todo.


O título de meu blog acaba sendo o reconhecimento de que o que gosto ou falo é a minha visão dos temas abordados e não necessariamente a verdade absoluta (afinal, não acredito que ela exista de fato).

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Zona de conforto?

Se existia uma banda que achei que não escreveria nesse blog, era o Red Hot Chili Peppers e não pensem que eu não goste da banda. Apenas achava que o quarteto californiano se encontrava em uma zona de conforto de que não gosto de transitar, mas Metallica's. Lou Reed's e Gals Costa's parecem mostrar que a fuga da destemida zona de conforto é uma nova diretriz (e confesso que ouvi dizer que o novo de Lenine também não se conforma com o mesmo). Por hora, falemos dos rapazes em questão.
Apesar da cirurgia no pé esquerdo em que se submeteu Anthony Kiedis para remover um pequeno osso esmagado e corrigir um tendão deslocado o RHCP anda trabalhando arduamente. Alguns dias da nova excursão adiados por causa do incidente, mas nessa quinta (25.01) divulgaram seu mais novo single.

Se o som não aponta para direções inusitadas, no mínimo mostra um Red Hot revigorado que soa no mínimo com discos da década de 90 como Californication ou One Hot Minute. Um Anthony Kiedis que lembra tanto um Iggy Pop quanto à um pacato motorista de transportadora americana. Chad Smith parece ter a mesma cara de sempre, o novo dono das 6 cordas Josh Klinghoffer tem papel discreto, afinal de contas, se musicalmente (e mesmo timbristicamente) tenha suprido bem o lugar de Frusciante, ainda precisa ganhar seu espaço junto aos novos fãs. Ja o Flea, é o Flea. É o cara que assume o ridículo e deixa sempre o ar mais leve.


Os clipes do grupo sempre possuem uma preocupação estética e várias referências e inclusive uma direta de Joy Division aparece por aqui. Os rapazes (já não tão mais rapazes) mostram que possuem ainda bastante lenha para queimar.


Uma coisa que tenho notado é que se um artista lança o mesmo do mesmo, reclamam. Se tenta o novo reclamam, logo, desconsidere tudo o que eu falei, veja a música e tire suas próprias conclusões ok?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A terceira guerra mundial começou?

Se você tem um pouco mais de 30 anos, pode lembrar de filmes onde um garoto invadia o sistema de defesa do governo de um determinado país. Vírus mandado por fibras óticas era algo inimaginável enquanto que hoje faz parte de nosso cotidiano. 

O que realmente me intriga é a não cobertura da mídia sobre o que está acontecendo. Sem falso engajamento intelectual, não vejo BBB ou não sei quem é Luiza pelo simples fato de não me interessar nem um pouco, mas sou capaz de gostar de coisas mais toscas e superficiais ainda e não vejo o menor problema nisso. Apenas não me apetece, mas vamos lá. Pensemos: BBB é mais importante do que o que tem acontecido com a Cracolândia? Na mídia, parece que sim.

Adensando o que penso, mesmo o ocorrido ao ataque do carro de Kassab agora pouco no centro de São Paulo, ou a homérica vaia levada pela prefeita de Fortaleza são coisas menores ao que tem acontecido pelo simples fato de que esses acontecimentos tem um impacto regional em primeiro plano, enquanto que o que o grupo denominado Anonymous está fazendo tem uma abrangência mundial.


No fundo, penso que a humanidade não mudou muita coisa. Somos verdadeiros símios tentando derrubar o líder na base da força. Com a sofisticação do raciocínio humano, criaram-se formas além da força física inicialmente com armas, depois poder financeiro e hoje em dia até pelos meios de comunicação e a abrangência de pessoas que uma pessoa pode atingir. Algo que falei em uma rede social dia desses deu o que falar. Enquanto cogitam caçar a concessão de transmissão de uma rede de tv, penso que seja mais fácil ela manipular e derrubar esse governo, mas isso é papo para outra hora.

A questão é que o que não contavam, era que a ferramenta utilizada agora é de igual para igual. Tem-se cabeça? Computador? Então pode-se guerrear. E é o que se tem feito em países do Oriente Médio ou da África, levando a revista Time a colocar o anônimo internauta como a celebridade do ano. Parece que estavam profetizando. O grupo Anonymous que também se utiliza de uma máscara criada por Alan Moore no filme V de vingança (que tem embasamento político) está aí invadindo sites pelo mundo inteiro. Uma guerra virtual está sendo travada como nunca foi. O criador do Megauploud está preso, em contrapartida, o grupo de hackers derrubou o site do FBI entre outros e disponibilizou toda a discografia e filmografia da Sony Music na rede. Se isso é bom ou não, certo ou não, prejudica esse ou aquele, também é outro papo. O que realmente me intriga é:

Qual a razão da grande mídia não relatar isso?


Parece que existe mais conchavos no topo da pirâmide do que demonstram haver...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A arte digital

Ou, Escolas de arte II é a continuação do pensamento exposto da última vez com a segunda parte do vídeo de Ken Robinson sobre o quanto as escolas podem podar a criatividade dos seus frequentadores. 


Em contrapartida, vejamos o caso da novíssima arte multi-mídia digital que nos alcança todos os dias pela internet. Ela é tão nova que não houve tempo para estudarem os padrões e "encaixotarem" os seus usuários. Em outras palavras, é cada um por si. Uma arte multi-facetada. É normal um trabalho onde nota-se que o forte da pessoa é foto, mas ele coloca uma música ou uma atuação. Outro aparece e não sabe nada disso, mas tem desenhos sensacionais e cria com "stop motion" algo realmente interessante e novo.

Talvez seja onde eu me surpreenda mais facilmente hoje em dia. Justamente por existir menos regras e as pessoas tornarem-se menos previsíveis.

Ou seja, onde não existe escola de arte tolhendo a criatividade, cria-se mais? 

Responda-me após ver o vídeo abaixo:

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Escolas de arte

Como explicar o que penso sobre as escolas de arte de uma forma geral? Como dizer que não gosto da postura delas se faço parte do corpo docente de algumas e tenho que seguir suas determinações? Como posso falar eticamente de tal assunto? Simples. O que falo e defendo aqui é por mim proclamado para os superiores em suas escolas e os mesmos sabem que eu discuto esse tipo de assunto dentro das salas de aula.

O pior (melhor) que tenho inclusive sido convidado para falar sobre o tema discursado por Ken Robinson que segue no vídeo ao fim da matéria. Alguns amigos inicialmente discordam do que penso, mas principalmente na música tem um argumento que desconcerta todos os meus amigos acadêmicos. 

Por qual razão, novos nomes relevantes que aparecem na arte sonora não surgem de dentro das escolas de arte? Ao meu ver, é muito simples: Elas não exercitam devidamente a criatividade das pessoas que por lá passam. Muito pelo contrário. Se tocas música erudita, te pedirão para tocar algo de Beethoven. Se do jazz, um Miles Davis da década de 60 pode ser uma pedida e mesmo na música popular, um hit dos Beatles para garantir a aceitação do público. Os que seguem as regras, tendem a virar bons acadêmicos e só.

Mas o que tinha em comum Beethoven, Miles Davis, Beatles, Trent Reznor (vencedor do Oscar de melhor trilha em 2011), Saramago (na literatura), Picasso (nas artes plásticas)?

Simples, eles arriscaram. Ousaram. Romperam com os caminhos e apontaram para novas direções. Atitude essa muitas vezes podada nas escolas. Lá, na maioria das vezes, temos que entender o caminho proposto e apenas seguir as regras. Lembro-me de poucos professores que tive que incentivavam a minha criatividade de fato. Na faculdade, o professor Alfredo Barros que me incentivava a ir para as notas mesmo que por hora não tivesse uma explicação de onde elas vinham, ou Nélio Costa que dizia que era muito esquisito o jeito que eu usava (uso) o polegar para tocar baixo, mas que soava bem e diferente, logo, eu deveria seguir em frente com a prática. Na verdade, seguir em frente com práticas não convencionais era o que músicos como Jaco Pastorius fazia em sua música, Frank Miller nos quadrinhos, Mark Ryden nas artes plásticas. Pratica que com a globalização e comercialização da arte, parece algo raro. Temos necessidade de usar e jogar fora um produto, mas a arte mesmo, aquele quadro que você adora olhar novamente. Aquele livro que já leu e sabe que vai ler de novo, ou a música que você vai escutar por anos e anos, provavelmente vai vir de pessoas que quebraram as regras. 

Se a pulga atrás da orelha samba nesse momento, convide-a para ver o vídeo abaixo e quebre as regras:

domingo, 8 de janeiro de 2012

Novas formas de se expressar II

Está bem claro que hoje temos uma continuação da última postagem quando abortei "novas artes" advinda da soma de mais artes e as atuais possibilidades em virtude das facilidades tecnológicas em que vivemos.

O vídeo de hoje mostra 3 pequenos curtíssimos vídeos onde a diferença neles é a forma em que foi gravado. Take único, as ações gravadas em tempo real e por pouco provável que pareça, sem edição de imagens. Isso mesmo. Não existe pós-produção. O que vê-se abaixo e resultado de um minucioso trabalho em equipe de iluminação, sonoplastia e por que não dizer atuação cênica e uma coreografia?

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Novas formas de se expressar

Acho que é coisa de gente que passa de uma certa idade e começa a dizer que música boa era a do seu tempo. Que a arte hoje é lastimável. Que não se cria nada novo. Que se pensa apenas no comercial e vários outros jargões do tipo.

Em relação a esse pensamento, só posso dizer que discordo por completo. Converso com amigos de várias vertentes artísticas e alguns pensam que não se cria mais nada de interessante. 

Além do mais, nos tempos das facilidades tecnológicas, temos criações que por vezes até é difícil classificar pela mescla de duas ou mais linguagens. É o que corriqueiramente escutamos falar sobre os criadores multi-mídia.

Nesse caso abaixo do vídeo criado por Erika Janunger, ela cria um cenário onde brinca-se com a gravidade através da dança. A música também é sua e o resultado é de uma beleza que foi capaz de prender-me diante do vídeo.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

E agora São Marcos?



Qual a graça de ir ao estádio? Quem eu vou querer ouvir quando acabar os jogos? Com quem as crianças vão querer entrar de mão dadas no estádio? Quem vai falar a linguagem do torcedor? Quem vai peitar dirigentes e jogadores e mesmo assim unir o grupo? Quem vai atravessar o campo correndo aos 42º do segundo tempo apesar de toda dor física? Quem vai ser o orgulho de um time que ha muito sofre? Quem vai me fazer rir com uma resposta para lá de sincera e inusitada? Quem vai ter o respeito inclusive das outras torcidas? Quem vai fazer o atacante tremer na hora do pênalti? Quem vou ter como ídolo?

E olhe que eu não nasci ontem. Me lembro perfeitamente da pelota rolando desde a copa de 82 com um Zoff fechando o gol. Schumacher da Alemanha, Dasaev, Pfaff, Rodolfo Rodrigues, Taffarel, sem contar da assombrosa escola de goleiros que o time de Parque Antárctica nos apresentou ao longo da história. Oberdan, Valdir de Moraes, Leão, Ivan, Velloso. 

Não vou entrar em listas (para lá de suspeitas) apontando os maiores goleiros de todos os tempos. O que choro hoje não é a perda de um goleiro, mas a perda de um guerreiro, um símbolo, um jogador que não existe mais e foi para a segunda divisão com o seu time do coração após ganhar uma copa do mundo e ter proposta milionária do então time mais estruturado da época, o Arsenal da Inglaterra. Pois é, o já "santo", penta campeão preferiu jogar a série B com um time ferido. Dizia que o dinheiro não era o mais importante.

Poderia contar inúmeras histórias, ou feitos debaixo das traves para justificar a beatificação desse mito, mas lembro do ano de 2008 e um emotivo Marcos (como sempre foi) mostrando a sua total entrega ao time:


Enfim, as dores venceram e Marcos não suportando-as mais é canonizado em vida. Enquanto Marcos enxugava suas lágrimas lá, eu enxugo as minhas aqui e sinto que iremos sentir muito a sua falta.




quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Política de novo?

Sim. E de forma seguida. Um fato específico me faz escrever hoje. O caos que se encontra Fortaleza em virtude da greve da PM e Corpo de Bombeiros.

Pra ser bem sincero, não vou entrar no mérito da greve, nos lobos em pele de cordeiro que estão aproveitando para saquear a cidade, postos ou supermercados. Não vou julgar se Cid ou Luiziane são os únicos culpados, muito menos o fato de oportunistamente (pura politicagem), manipularem informações e soltar fotos ou videos que nem sequer são de Fortaleza para denegrirem os mandatários da vez.

Você acredita realmente que seria diferente se fosse outros partidos no poder? Vejo jornais de anos anteriores quando outros partidos estavam no poder e qual a diferença? Realmente não as vejo. Podem me achar um descrente, mas acho sinceramente que FHC e Lula tentaram fazer coisas pelo Brasil e pelo seu povo. Cada um em seu tempo, com uma realidade de mundo. Acredito que ambos tentaram e não que haja um mocinho e um bandido na história. Isso é simplório demais. Conto de fadas para a minha cabeça.

A questão definitivamente não é essa e como dito pela excelente cantora (e amiga) Aparecida Silvino, o buraco é mais embaixo.

O sistema político brasileiro é completamente podre. Você não chega se não fizer conchavo e não me venham ptistas, psdbistas, demistas ou qualquer outros parasitas discordar por que sempre partidos contrários se dão as mãos para subir ao poder.

Não nasci no Ceará e desde 2003 não moro mais lá. Pode parecer fácil para eu falar, mas acredito que aprender (e nem vou dizer com os erros, mas com as circunstâncias) é que faz com que cresçamos.

Volto a falar o que falei em minha última postagem de 2011. A revista Time elegeu o "manifestante" como personalidade do ano. Isso mesmo. Pessoas como eu e você que assim como no Oriente Médio e África derrubam ditaduras, pode derrubar muita coisa no Brasil se unirem-se.

Democracia representativa é totalmente corruptível. Um índice de 85% dos que lá estão se reelegem. Seria interessante o povo entender sobre democracia participativa como na Suiça onde de 3 em 3 meses mais ou menos, a população inteira decide por plebiscito o que é melhor para todos e não aqui onde eles votam seus próprios aumentos muito acima da inflação. Pior, mascaram os valores. Recebem fácil muito mais de 100 mil por mês (só auxílio cabinete é 60 mil). Cid, governe por amor e políticos de uma forma geral, aprendam uma frase dita por um escritor de quadrinhos (Alan Moore) o que vocês (e infelizmente o povo) parece não entender.


Um tal de Collor sabe muito bem o significa um "Impeachment" que nada mais é do que um processo político, não criminal, que tem como objetivo apenas afastar o presidente da república ou qualquer outra pessoa que não esteja satisfazendo em sua função.

Isso já foi feito e pode ser (e deve) feito quantas vezes forem necessárias, mas prevejo que depois do caos, a classe política (que é muito mais unida que o eleitor) dê uma solução rapidamente visto a profundidade do problema e ainda será saudado por alguns partidários como gênio.