Penso no tempo
que ainda não existe.
Ando no espaço
que não apareceu.
Vago pelo mundo
que não é o daqui,
mas tenho os pés fincados na areia.
No barro molhado da estrada,
as vezes vejo os olhos de todas as cores
que voavam sobre a minha mente.
Vejo os corpos quase inertes
que jazeram uma vez ao meu lado.
Entre tantos desesperos,
e nada sobra no final.
Nem mesmo lágrimas
que me esforço por verter.
Marcos Maia.
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