terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Metallica








Existem grandes bandas. Algumas se tornam com o passar do tempo, o que não é o caso do Metallica que já nasceu grande. No entanto esse novo trabalho e atual momento da banda coloca-os no patamar de ícones ao lado de nomes como Beatles, Elvis Presley, Led Zeppelin,
Michael Jackson ou artistas de tal grandeza.





Metallica durante apresentação em São Paulo tocando para 68 mil pessoas  no dia 30/01



Primeira coisa. O número de hits de tal banda, faz com que eles "joguem um jogo ganho". E pode-se sim perder um jogo ganho (vide o Fla x Flu do final de semana). O que os faz jogar um jogo ganho? Primeiro, eles não são uma banda e sim religião com seguidores fervorosos. Basta ver o número de pessoas que vieram de outras cidades apenas para ver esse show. Segundo, fazia 11 anos que não aportavam em terras tupiniquins, e terceiro, eles estão melhores. Pelo menos é o que eu acho. 

Com o quarteto americano beirando os 50 anos, fica para trás a rebeldia juvenil que pode ser sim fundamentada (e basta pesquisar um pouco sobre a relação que James teve com sua família, a perda de sua mãe com câncer por negar tratamentos médicos convencionais, já que Deus a curaria). Essa relação foi explicitada em algumas músicas, mas para cair na rebeldia gratuita é definitivamente fácil quando se é de uma banda desse porte.


Acredito que a maioria das pessoas acreditem que o Metallica tenha derrapado em sua carreira musical após a saída de Jason Newsted, mas dar a volta por cima não é característica dos grandes? Também não sou fã de tal época, mas respeito demais o momento de cada pessoa (ou grupo como no caso). Penso que para uma análise que tente ser justa e imparcial, deve-se sempre pesquisar cenário e contexto histórico e dessa forma, pode-se dizer que o Metallica criou um novo estilo de música: O trash metal e já fui vorazmente atacado por minha opinião, mas vamos lá ao que penso:


No começo da década de oitenta, "a nova geração do metal britânico" já não trazia novos elementos para a música por mais que estivessem na ativa e a todo vapor, mas em 83 eles lançam "Kill'em All". Fistful of Metal (Anthrax) seria lançado apenas no final do ano. Show No Mercy (Slayer) em 84 e Bonded By Blood (Exodus) apenas dois anos depois. O que colocar contra esses argumentos?


Melhor voltarmos ao show. A banda que cultua hábitos bem mais saudáveis como yoga ou viajar com a família nas excursões tornou-se uma banda com um carisma impressionante. James tornou-se um mestre de cerimônia de mão cheia, regendo a platéia com uma facilidade inesperada para um frontman de uma banda do gênero.

Setlist da segunda noite de apresentação do Metallica em São Paulo:

Creeping Death
Ride The Lightning
Fuel
Sad But True
The Unforgiven
That Was Just Your Life
The End Of The Line
Welcome Home (Sanitarium)
Cyanide
My Apocalypse
One
Master Of Puppets
Fight Fire With Fire
Nothing Else Matters
Enter Sandman
- - - - - - - -
Helpless
Hit The Lights
Seek and Destroy





Como sempre, ver dispensa maiores comentários, mas vale a ressalva que é uma gravação amadora e o áudio sempre perde qualidade por não ser o som da mesa quando se tem uma gravação profissional.





Ao contrário do que ouvi essa semana, penso que a trajetória, longevidade da banda, a quantidade de fãs, o legado musical deixado e o profissionalismo mostra que eles não passaram despercebidos ao longo da história. Goste ou não, eles marcaram. Tem quem discorde, muitos concordam e hoje acho que não...


É apenas o que eu acho...




2 comentários:

  1. Concordo contigo, de volta por cima os caras entendem, goste ou não da banda. Além da saída do Newsted, vale lembrar a morte do Cliff Burton em 86, em plena turne do disco Master Of Puppets, né ?

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  2. Certeza absoluta.
    Cliff Burton vale uma matéria por si só...

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