You´re in the jungle baby
Bom, vamos lá. A primeira coisa é que Axl Rose continua um "malinha". Se já não contássemos com o atraso provocado pelas bandas anteriores (e no P.S. falarei de Sebastian Bach). Finalizado o show do ex Skid Row e obviamente existe um tempo mínimo necessário para a mudança de palco, mas já havia no mínimo meia hora em que nenhum roadie se manifestava no palco. Ele estava pronto apenas esperando a boa vontade do Guns, ou do Axl se preferir.
Alguns minutos depois de 0:30H e a banda adentra o palco entoando Chinese Democracy e no meio da música alguém atira alguma coisa da platéia. Ao melhor estilo "bad boy" Axl parou a música e desafiou o seu agressor. Se isso fosse combinado com a produção, seria perfeito por que o estádio do Palmeiras quase veio abaixo com a clássica Welcome to the jungle. O cenário era irretocável com telões que interagiam com a banda, uma iluminação bárbara, fogos de artifício e toda a pirotecnia possível.
O show foi se desenrolando e as não menos clássicas "It's So Easy" e "Mr. Brownstone" mantinham a peteca no ar. A antiga trupe de Axl fazia falta. Ter Slash ao lado ajuda e muito. Matt Sorum (então substituto de Steven Adler) era um baterista muito consistente. Duff Mckagan era um baixista que não se resumia a dobrar as guitarras, não errava nunca e tinha um timbre peculiar e Izzy Stradlin já havia sido inclusive remanejado dentro dessa explosiva banda, mas era também um excelente guitarrista. Axl que não é bobo tratou de cercar-se de 3 guitarristas muito bons que acabavam dividindo os solos (e brilhando menos do que brilharia Slash), mantendo por mais tempo os holofotes centrados em si. Aliás, algumas coisas parecem ter sido detalhadamente estudadas. Um dos guitarristas tinha uma espécie de gorro enterrada na cabeça com uma quase imperceptível citação de Slash. Outro, lembrava Izzy em suas vestimentas e o terceiro parecia o meio termo dos dois (sem contar que tocava com uma guitarra de dois braços da qual uma era sem trastes e que utilizada com o wah-wah dava uma sonoridade extremamente melódica na hora de seus solos). Não precisa dizer também que os 3 eram muito bons. O baixista era magro e loiro como Duff e até a posição do baixo e seu timbre condizia com o antigo "bass man". O baterista se bem diferente fisionomicamente de Matt, era corpulento como ele e tinha uma pegada aproximada dele ao tocar. Dizzy Reed é remanescente da formação de 1991 e havia um outro membro multi funções no palco. Aparentemente o grupo se assume como um Octeto.
Com todas essas novas armas, Axl brindou-nos com suas rosas. Brincou com a platéia, ameaçou um streap tease, declarou amor ao Brasil e apresentou-nos um show que sinceramente não acreditava que fosse tão bom. Faltou-lhe gás alguns momentos e claramente tentou poupar a voz para chegar ao fim do show, mas continuou (tentando pelo menos) correr de um lado para o outro do palco e se melhorar o preparo físico e derem continuidade, pode até rolar mais coisa desse que já está na galeria do rock mundial.
É apenas o que eu acho...
P.S.:O show de Sebastian teve mais ou menos uma hora de duração e isso causou uma certa irritação da platéia que queria o prato principal, mas não deve ser fácil ter que fazer um show tentando levantar um defunto (assim como o próprio Axl).
Infelizmente nem as pistas desses shows estão confortáveis com tanta gente. Eu do alto de meus 1,87cm até que consegui ver, mas tenho certeza que muita gente pouca coisa viu. A inflação acontece mesmo em eventos com ambulantes cadastrados que circulavam com camisetas com os preços de água em R$3,00, mas que meio ao show já estavam sendo vendidas por R$5,00.
Outra coisa que me ocorreu, onde fica a lei do Psiu nessas horas?
P.S.II: Assim o malinha vai continuar com muitos fãs...
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