terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Yes, nós somos bananas



Para quem me conhece um pouquinho que seja, sabe que não costumo escrever sobre o que é a notícia do momento, tipo a morte de Michael Jackson, o escândalo político do momento e por aí vai e não faço isso por que não teria muito o que acrescentar. Quando o faço, trato o tema por uma outra ótica e uma pulga atrás da orelha fica em relação a tudo que está acontecendo com o Haiti nesse momento.

Algumas considerações sobre o acontecido. Um terremoto daquela magnitude, querendo ou não é coisa natural e poderia atingir qualquer país. Infelizmente atingiu aquele país. Mas e toda a mazela presente ali antes desse fato? O terremoto era inevitável, a balbúrdia governamental não. O grande problema é a disputa que está acontecendo ali para quem vai "reerguer", "salvar" o Haiti. É necessário ajuda no momento? Óbvio que é, mas agora todos querem fazer isso por que sabem que no final das contas vai entrar muito dinheiro ali. Quando eu digo muito, são bilhões de dólares. Agora pense comigo. Se o país tal presidir a reconstrução desse devastado país, de onde você acha que serão as empreiteiras que ganharão muito dinheiro com a reconstrução de praticamente o país inteiro? Você já parou para pensar em quanto de dinheiro existe ali para ser administrado? Haja cuecas e meias.

Vejamos um certo país tropical que teve tragédias recentes e que tem em sua maior cidade, 34 dias seguidos de chuvas com a população desprovida de socorro. Ontem foi divulgado que o Brasil (aquele mesmo país que não tem dinheiro para fazer quase nada que melhore o padrão de vida das pessoas), irá doar R$ 375 milhões. Lindo, louvável, mas é triste ver que só assim as coisas funcionam. Ver notícias no jornal como a que "10% dos doadores de campanha ganharem contratos na Câmara" ou que "sites vendem projetos a vereadores". Simplesmente imoral, ou no mínimo amoral. Isso poderá inclusive ser usado como desculpas posteriormente para que não se receba um determinado benefício, mas será completamente justificável.

Segundo Lobão, uma pesquisa apontou o Rio de Janeiro como a cidade mais feliz do mundo. Essa felicidade brasileira é a melhor coisa que um político pode ter. Imagina a festa e alegria no meio do ano por causa da copa. Imagine então se o Brasil vence essa copa. Será tanta alegria que o brasileiro não vai lembrar que está desempregado e com fome. E olhe que gosto demais de futebol e copa do mundo, mas não creio que o mundo se resolva com isso.

Como sempre, é tudo apenas o que eu acho. Acho que somos trouxas mesmo para com essa classe que nos governa e certamente uns 75% dos que lá estão, se reelegerão. Vai entender. Infelizmente sofremos ainda talvez perpetuamente com isso. Mas outra vez fica aqui que isso:



É apenas o que eu acho...





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